O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse, na manhã desta terça-feira (28), que dará sequência aos estudos para a privatização dos serviços de transporte (CPTM) e água e saneamento (Sabesp), apesar das paralisações dos servidores que questionam a medida. Segundo Freitas, as desestatizações e os estudos para as concessões não vão parar. “Não adianta fazer greve com esse mote. Vamos continuar estudando [as privatizações]”, disse. Sobre a Sabesp (companhia de saneamento), o governador garantiu a continuidade dos planos para a privatização em 2o24. “A operação da Sabesp vai acontecer ano que vem e vai ser um grande sucesso. É o que vai garantir pro estado de São Paulo universalização dos serviços de saneamento, aumento da disponibilidade hídrica, alcance de pessoas nas áreas rurais – áreas irregulares consolidadas -, despoluição do Rio Tietê, muito investimento. Estamos falando de quase R$ 70 bilhões de investimento em saneamento básico no estado de São Paulo”, afirmou. Contra privatizações de empresas e órgãos do serviço público estadual, servidores fazem hoje a terceira paralisação, que atinge a linha 15, do Metrô, e a linha 10, da CPTM, cujo reflexo se estende a outras sete linhas. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o funcionamento mínimo de 85% do contingente de trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô nesta terça nos horários de pico – das 4 h às 10 h e 16 h às 21 h na CPTM; e das 6 h às 9 h e das 16 h às 18 h no Metrô. Para os outros horários, o magistrado determinou a operação de 60% nos serviços da CPTM e no Metrô. Oficiais de Justiça estiveram nos Centros de Controle Operacionais (CCO) do Metrô e da CPTM para verificar o cumprimento da decisão do TRT e viram que os percentuais não estão sendo cumpridos, segundo boletim de atualizações do estado sobre a paralisação. “Mais uma vez a decisão do Judiciário é ignorada”, disse Freitas na coletiva à imprensa. “Ontem [segunda-feira, 27] escalamos as pessoas para cumprirem a determinação judicial e isso não foi suficiente. Obviamente depois do término da greve, isso vai ser apurado, com vistas a aplicação de penalidades. A gente não pode mais tolerar o desrespeito e a indisciplina. A empresa paga o salário e os benefícios dessas pessoas em dia, não está em falta em nada com elas. Agora elas, para protegerem o seu interesse, resolvem prejudicar o interesse de toda uma população, de toda uma cidade”, afirmou. Planilha Gratuita O seu bolso vai agradecer Organize a sua vida financeira com a planilha de gastos do InfoMoney; download liberado Em caso de descumprimento, há multas diárias previstas de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para os metroviários. O que está funcionando?Segundo o governo de São Paulo, todos os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos da Sabesp seguem operando regularmente. E os ônibus municipais e intermunicipais circulam normalmente. “As linhas metropolitanas gerenciadas pela EMTU funcionarão com a intensificação da operação e extensão de itinerário em mais de 30 linhas estratégicas para amenizar os impactos da greve. Além do reforço na quantidade de veículos e aumento de partidas realizadas, as linhas terão seus pontos finais na capital alterados para que os passageiros sigam até as estações que poderão estar funcionando, ou até a conexão com as linhas da SPTrans”, informa. Já as linhas afetadas pela paralização funcionam como descrito abaixo: Metrô CPTM Já as linhas de transporte metropolitano concedidas (linha 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos) operam normalmente. Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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