Em um mundo com bolsas negociadas atualmente a prêmios ante as médias históricas, o mercado de ações do Brasil parece estar subvalorizado diante de várias métricas, aponta o Itaú BBA, que destacou cinco delas em relatório de estratégia. O Ibovespa, benchmark da Bolsa brasileira, negocia a 8,1 vezes o Preço sobre Luco (P/L), 19% de desconto ante os níveis históricos, avalia. Abaixo, estão listados os cinco fatores: a) O mercado de ações do Brasil oferece uma diferença de rendimentos acima da média em comparação com as taxas nominais de 10 anos (1,9%) e também quando comparado ao seu nível histórico b) O Brasil negocia atualmente com desconto de 34% em relação aos mercados emergentes (comparado a um desconto médio histórico de 8%); c) O múltiplo preço/lucro futuro de 12 meses do Ibovespa, excluindo Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), mostra que o índice ainda está descontado, negociado a 10 vezes P/L, abaixo da média histórica; d) Além disso, 85% das ações estão sendo negociadas com desconto em relação aos níveis históricos, correspondendo a 14 dos 16 setores. Os setores de transporte, petróleo e gás estão entre os com maiores descontos em níveis históricos. Uma parcela significativa dos setores (6 de 16) negocia um múltiplo P/L de 12 meses, que está 30% ou mais abaixo de seus níveis históricos. e) Há diferença por tema de investimento: papéis de valor e estatais são os mais descontados, enquanto nomes de crescimento e atrelados a inflação contam com os menores descontos. Atualmente, o Itaú BBA possui exposição equivalente à compra para as ações brasileiras em América Latina, vendo o Ibovespa a 145 mil pontos ao fim de 2024. Leia também: XP projeta Ibovespa em 2024 a 149 mil pontos e vê ações cíclicas domésticas como atrativas Os estrategistas do BBA listam sete ações de destaque, que apresentam um desconto elevado de dois dígitos em relação aos preços históricos e estão no portfólio recomendado para o Brasil. São elas: PRIO (PRIO3), Randoncorp (RAPT4), Localiza (RENT3), Hypera (HYPE3), Direcional (DIRR3), Vivara (VIVA3) e Suzano (SUZB3). O banco ressalta que: i) PRIO negocia a 5,2 vezes o P/L (32% abaixo da média histórica); ii) Randoncorp negocia a 6,3 vezes o P/L (41% abaixo da média histórica); iii) Localiza negocia 14,9 vezes o P/L (41% abaixo da média histórica); iv) Hypera negocia a 11,4 vezes P/L (19% abaixo da média histórica); v) Direcional negocia a 7,4 vezes o P/L (18% abaixo da média histórica); vi) Vivara negocia a 15,2 vezes o PL/L (22% abaixo da média histórica) e vii) Suzano negocia 12,1 vezes o P/L (31% abaixo da média histórica). |
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