IMG-LOGO
Geral

A nova investida de Trump que derruba (mais uma vez) Ibovespa e Wall Street na sessão

- 11/03/2025 7 Visualizações 7 Pessoas viram 0 Comentários
image 1

Mais um dia de queda para os mercados mundiais – e que também afetam a Bolsa brasileira.

O Ibovespa abriu estável mas logo migrou para o terreno negativo na manhã desta terça-feira (11), em meio à cautela com a tarifas norte-americanas. O temor é de que o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, pressione mais a inflação e provoque uma recessão no país e até mesmo no mundo.

Ontem, o principal indicador da B3 fechou em baixa de 0,41%, aos 124.519,38 pontos. Já às 12h10 (horário de Brasília) desta terça, o Ibovespa caía 1,14%, aos 123.100,97 pontos, depois de subir 0,09%, na máxima aos 124.625,49 pontos.

Mesmo após cederem na véspera, com o Nasdaq caindo ao menor nível desde 2022, hoje as bolsas em Nova York voltam a cair. Ontem, os  temores de uma recessão nos EUA voltaram à cena com força, após Trump não descartar o cenário durante o final de semana e afirmar que a economia do país está passando por um “período de transição”.

Já nesta manhã, Trump voltou a anunciar uma nova rodada de tarifas contra o Canadá. Trump dobrou a tarifa planejada sobre todos os produtos de aço e alumínio provenientes do Canadá que entram nos EUA, elevando a taxa para 50%, em resposta à implementação de uma tarifa de 25% pela província canadense de Ontário sobre a eletricidade que entra nos EUA.

Os mercados globais estão agitados desde que Trump deu início a medidas tarifárias contra os parceiros comerciais, como Canadá, México e China. Analistas alertam que a escalada das tensões comerciais pode aumentar as pressões inflacionárias e, potencialmente, paralisar o crescimento econômico.

Leia também
image 2

Ibovespa Ao Vivo: Bolsa cai com exterior negativo, VALE3, PETR4 e bancos

Bolsas dos EUA recuam em meio a temores sobre recessão

image 3

Em 50 dias de Trump, bolsas de NY têm pior desempenho desde 2009

O índice Dow Jones Industrial Average acumulou queda de 3,6% desde que Trump tomou posse pela 2ª vez, S&P 500 recuou 6,4% e o Nasdaq tombou 11%

Na segunda-feira, o S&P 500 registrou sua maior queda diária desde 18 de dezembro, eliminando US$ 4 trilhões de seu pico recente.

“Toda vez que sentimos que estamos conseguindo um pouco de ânimo, recebemos uma atualização de Trump sobre mais tarifas… a coisa está ficando feia e vai doer”, disse Dennis Dick, operador da Triple D Trading.

“Os investidores internacionais, diante de toda a incerteza política nos mercados norte-americanos, estão dizendo: ‘Vamos investir em outro lugar'”

Nesta terça, o Dow Jones caía 1,25%, a 41.385,92 pontos. O S&P 500 tinha queda de 0,83%, a 5.567,88 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 0,43%, a 17.393,20 pontos.

Todos os 11 subsetores do S&P 500 caíam, com as ações dos setores industrial e financeiro recuando cerca de 1%.

No mesmo sentido, o Ibovespa abandonou a marca dos 124 mil pontos do início do pregão desta terça-feira e cai para o nível dos 123 mil pontos. “Embarca no mau humor internacional”, pontua Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

No Brasil, diz, não há um gatilho específico que justifique o comportamento da Bolsa brasileira. Segundo Spiess, o dólar em baixa ante o real é devido à recuperação do petróleo e os juros futuros refletem o resultado mais fraco do que o esperado da produção industrial no começo de 2025. A produção industrial ficou estável em janeiro em relação a dezembro, contrariando a estimativa mediana de expansão de 0,40%.

“Resultado da produção industrial veio abaixo do esperado, mas com uma composição positiva”, avalia o economista-chefe do banco BMG, Flavio Serrano. O crescimento vem após três quedas seguidas.

O petróleo avança em torno de 1,30%, mas sem forças para influenciar as ações da Petrobras, que recuam entre 1,36% (PN;PETR4) e 1,69% (ON;PETR3). Já os papéis da Vale (VALE3) viravam para baixo (-0,20%). Hoje, o minério de ferro fechou com queda de 0,06% em Dalian.

Nos EUA, o destaque foi a divulgação do relatório Jolts de emprego. A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu para 7,74 milhões em janeiro. O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa de analistas, de criação de 7,7 milhões de vagas no período.

“A leitura foi neutra, mas não foi o cenário ideal”, pontua Spiess, da Empiricus. Após a divulgação e o anúncio de novas tarifas de Trump contra o Canadá, os juros dos Treasuries perderam força, após dispararem às máximas do dia.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *