![]() São Paulo (Reuters) – Com um ajuste de 600 mil toneladas na safra de soja do Brasil, colhida no primeiro semestre, a associação da indústria do setor (Abiove) projetou nesta quinta-feira a colheita brasileira em um recorde de 170,3 milhões de toneladas, elevando ainda mais a estimativa de exportação em 2025. Em relatório mensal, a Abiove indicou que a safra de soja no maior produtor e exportador global da oleaginosa deverá aumentar 10,3% em relação à colheita do ano passado. Já as exportações, destinadas em sua grande maioria para a China, também foram elevadas, a 109,5 milhões de toneladas, 500 mil toneladas acima da previsão de julho. Na comparação com 2024, a alta é de 10,8%, para um patamar jamais visto no país. “No cenário externo, os números continuam positivos”, afirmou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, sem detalhar os motivos, em nota. Os exportadores de soja dos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil, correm o risco de perder bilhões de dólares em vendas para a China este ano, à medida que as negociações comerciais entre os países se arrastam. Compradores da China, maior importador do produto, estão fechando cargas do Brasil para embarque durante a principal temporada de comercialização dos EUA, de acordo com traders. Mas a Abiove também elevou a projeção de processamento de soja no Brasil em 300 mil toneladas na comparação mensal, para 58,1 milhões de toneladas, também um recorde. O aumento de 4% previsto ante o esmagamento do ano passado acontece em meio uma alta na mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%, a partir do dia 1º deste mês. O óleo de soja é a principal matéria-prima do biocombustível. Ao elevar o processamento, a associação apontou aumento na produção de farelo de soja, para 44,8 milhões de toneladas, e de óleo de soja, para 11,65 milhões de toneladas. A entidade não alterou números de consumo interno e exportação. |
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