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Ações da Americanas (AMER3) saltam com notícia sobre acordo próximo com credores

- 21/11/2023 10 Visualizações 10 Pessoas viram 0 Comentários
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As ações da Americanas (AMER3) registram mais um dia de ganhos expressivos – ainda que se deva levar em consideração o baixo valor de face das ações, fazendo com que variações de centavos levem a grandes variações percentuais.

Às 11h52 (horário de Brasília), os ativos AMER3 saltavam 14,85%, a R$ 1,16 nesta terça-feira (21), isso em meio a notícias de que a varejista está perto de receber a maior capitalização da história, avaliada em quase R$ 24 bilhões, segundo a coluna Painel S.A, do jornal Folha de S. Paulo.

A publicação aponta, citando fontes que participam das negociações, que o acordo entre acionistas e bancos credores seja fechado ainda nesta terça.

Até o momento, segundo a coluna, o Banco Safra ficou fora, o que não inviabiliza o fechamento da proposta que, caso seja concluída, seguirá ao juiz responsável pela recuperação da Americanas, enquanto a expectativa é que a instituição financeira assine o acordo.

O acordo projeta que Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), entre outras instituições, convertam parte de seus créditos – num total de R$ 19,5 bilhões – em até R$ 12 bilhões em ações da empresa.

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O restante dos créditos seguirá o fluxo de pagamentos, em parcelas e com descontos, dentro do processo de recuperação; já os acionistas de referência da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira – injetarão até R$ 12 bilhões.

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Cabe destacar que, desde que a varejista divulgou seus resultados, no dia 16 de novembro de manhã, as ações já saltaram 45%.

Na semana passada, após uma série de adiamentos, a companhia revisou o seu lucro líquido de R$ 544 milhões registrado em 2021 para prejuízo de R$ 6,2 bilhões. A empresa também calculou em R$ 12,9 bilhões o resultado negativo de 2022.

Apesar da forte revisão para baixo, a divulgação dos números foi vista como importante para que os principais credores da Americanas – que incluem bancos – possam dar andamento às discussões para aprovação do plano de recuperação judicial da companhia.

A companhia ainda divulgou projeções para 2025 levando em conta uma eventual aprovação do plano de recuperação judicial atualmente sendo negociado com os principais credores da empresa.

Segundo a Americanas, a expectativa é de Ebitda de mais de R$ 2,2 bilhões em 2025, com uma alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda menor de 0,75 vez.

A empresa afirmou que o plano “estratégico” de recuperação da empresa é focado “na fortaleza e resiliência do canal físico, complementado pela excelência operacional do digital”, de maneira semelhante como rivais como Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3), que estão centrando esforços já há alguns anos em complementar operações de lojas físicas com eficiências geradas por operações online.

A Americanas também afirmou que o plano será complementado por um “portfólio de serviços financeiros customizados da (fintech) Ame e pela diversidade de mídia de nossa área de ‘advertising’ para gerar um pacote consistente de entregas a nossos clientes e parceiros”, também de maneira semelhante com esforços de rivais.

Sobre o balanço em si, na visão do estrategista Filipe Villegas, da Genial Investimentos, a divulgação “acaba, entre aspas, sendo ‘positivo’”, pois o mercado consegue fazer conta. “Por mais que isso aqui tenha sido péssimo, muito ruim, eu vejo que o mercado, se quiser, pode olhar o copo meio cheio no sentido de que eu já sei o tamanho do buraco, já sei o tamanho do prejuízo e agora, daqui para a frente, qual é o tamanho do desafio”, afirmou após a divulgação dos resultados.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)




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