As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4) registram fortes ganhos na esteira do avanço das negociações de fusão para a criação de uma gigante da aviação brasileira. Às 10h13 (horário de Brasília) desta quinta-feira (16), GOLL4 subia 18,40% (R$ 1,94) e AZUL4 avançava 10,66% (R$ 4,88), após 17 minutos em leilão. As companhias informaram que a Abra e a Azul assinaram um memorando de entendimentos (MoU) não vinculante com o objetivo de explorar uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil. A XP vê o acordo como positivo, com base nas sinergias potenciais a serem capturadas, embora esperadas, dado o recente fluxo de notícias e a comunicação da empresa. “O MoU estabelece importantes bases de governança para os primeiros 3-4 anos (principalmente conselho e diretoria a serem nomeados pelos acionistas da Azul e da Gol) e indica que as empresas devem permanecer operando como marcas separadas. Por fim, embora o MoU deva ganhar algum tempo no processo de aprovação antitruste (um marco importante), é um acordo não vinculativo, com as finanças ainda dependendo da evolução do processo de recuperação judicial da Gol”, avaliam os analistas da casa. Saiba mais: Agora pra valer! Azul e Gol podem se unir e criar gigante do setor: como afeta ações? De acordo com a Gol, o acordo representa uma fase inicial de um processo de negociação entre a Abra, que a controla, e a Azul para explorar a viabilidade de uma possível transação. A companhia diz que isso não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol e que continua focada em concluir as etapas restantes dos seus procedimentos do Chapter 11, com o objetivo de emergir de seu processo de reestruturação como uma companhia independente e capitalizada. Conforme o MoU, a transação estaria sujeita à consumação do plano de reorganização da Gol, além de outras condições e aprovações. Caso a transação seja consumada, é esperado que as duas companhias mantenham suas marcas e seus certificados operacionais de forma independente. “A Abra e a Azul também concordaram no MoU com um princípio comercial de que qualquer combinação resultará em uma alavancagem líquida da entidade combinada que será pelo menos comparável à alavancagem líquida da Gol imediatamente antes do fechamento da potencial transação”, diz o documento. A Azul afirma ainda que o MoU descreve os entendimentos das partes sobre a governança da entidade resultante da operação e reforça o interesse das empresas em continuar as negociações em relação à proposta de troca de ações e outras condições. Se a transação for implementada, a Azul e a Gol manterão seus certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada, sendo esperado que outras áreas sejam combinadas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência. O fechamento da operação está sujeito à concordância entre a Abra e a Azul quanto aos termos econômicos da operação, à conclusão satisfatória da due diligence, à celebração de acordos definitivos, à obtenção de aprovações corporativas e regulatórias (inclusive da autoridade antitruste brasileira), ao cumprimento das condições habituais e ao recebimento, pela Abra, da devida contraprestação correspondente. (com Estadão Conteúdo) |
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