Concórdia – A Justiça da Comarca de Concórdia anunciou, nas últimas horas, que Bruno Araújo Luz, acusado de assassinar a ex-companheira será submetido a um júri popular. O crime, que ocorreu em junho de 2024, no bairro Petrópolis, será reanalisado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em Florianópolis, em razão de um recurso já apresentado pela defesa.

O réu, além de responder pela acusação de feminicídio, também enfrentará um processo por tentativa de homicídio, uma vez que, no mesmo dia do crime, disparou contra um homem que residia nas proximidades da ex-companheira, devido a suspeitas sobre um possível relacionamento entre eles.

Bruno permanecerá preso, pois não houve possibilidade de recurso em liberdade. O juiz responsável pela decisão destacou a necessidade da prisão preventiva, ressaltando a gravidade das ações do réu e a presença da filha menor do casal durante o crime, o que deixa claro sua periculosidade.

A informação está sendo divulgada em primeira mão pelo jornalismo da Atual FM.

MAIS INFORMAÇÕES:

* Mulher é assassinada no bairro Petrópolis em Concórdia e suspeito é preso pela PM
* Vítima já havia sido ameaçada de morte pelo companheiro, diz mãe
* Crime bárbaro: Homem assassinou mulher com a filha do casal no colo
* Autor disse ?concluiria plano? de matar homem se fosse colocado em liberdade

O crime, motivado por ciúmes, foi brutal e calculado. Na noite de 16 de junho, por volta das 21h40, Bruno disparou contra Bruna, que estava grávida, atingindo-a com dois tiros. Os disparos provocaram ferimentos fatais, levando à morte da vítima.

O primeiro tiro atingiu a região cervical, enquanto o segundo atingiu a região das costas, perfurando o intestino e outros órgãos.

Os disparos foram realizados de maneira “traiçoeira”, dificultando qualquer chance de defesa para a mulher, que não percebeu à época a intenção dolosa do réu. O crime foi ainda mais chocante pelo fato de ter ocorrido na presença da filha do casal, que estava no colo do pai no momento dos disparos.

A data do julgamento deverá ser definida nos próximos meses, conforme o andamento do processo e os ritos legais necessários.

A advogada Larissa Regner Teixeira defende o réu e se manifestou:

Nós assumimos a defesa do caso em um momento decisivo, mas com a missão clara de garantir um julgamento justo e digno ao réu. A decisão de pronúncia não significa culpa, apenas a remessa do caso ao Tribunal do Júri, onde teremos a oportunidade de apresentar, de forma clara e técnica, todos os elementos que precisam ser analisados com profundidade.

Nosso compromisso é demonstrar nuances que a sociedade ainda não conhece, desmistificar pontos distorcidos e assegurar que o processo ocorra dentro dos parâmetros legais e constitucionais. Seguiremos ao lado do réu até o final, firmes na busca por uma sentença justa e em defesa da dignidade e dos direitos fundamentais que lhe são assegurados.