Apontados pela Polícia Federal (PF) como supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em março de 2018, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão estão sendo transferidos de presídio, nesta quarta-feira (27). Ambos estavam detidos desde domingo (24) na Penitenciária Federal de Brasília (DF). O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) deve ser levado para uma unidade penitencária em Campo Grande (MS). Já o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão deve ser conduzido ao presídio de Porto Velho (RO). Imagens veiculadas nesta manhã pela GloboNews mostraram os irmãos Brazão embarcando em uma aeronave, em Brasília, por volta das 8h40. Também apontado como mandante da morte de Marielle, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, preso na mesma operação da PF, permanecerá detido em Brasília. Futuro de Chiquinho Brazão na CâmaraNa terça-feira (26), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados se reuniu para analisar o parecer do relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC), favorável à permanência de Chiquinho Brazão na cadeia. Para ser aprovado na CCJ, o parecer precisa contar com o apoio da maioria simples dos presentes à sessão. Na sequência, a prisão tem que ser aprovada por maioria absoluta dos deputados (ao menos 257 votos), no plenário, em votação aberta. O colegiado analisaria a recomendação do deputado, mas um pedido de vista coletivo adiou a votação. Antes de a sessão da CCJ ser suspensa, o deputado se defendeu da cadeia, por videoconferência. Brazão disse que tinha “uma relação muito boa com a vereadora”. “A gente tinha um ótimo relacionamento. Só tivemos uma vez um embate, onde ela defendia um particular interesse, que eu também defendia”, afirmou. Agora, as duas votações devem ocorrer só depois de 8 de abril, porque a Câmara prepara um “superferiadão” de Páscoa, com 11 dias consecutivos de folga, devido a acordo do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com líderes partidários. A Constituição Federal estabelece que um parlamentar só pode ser preso em flagrante delito de crime inafiançável, e a prisão precisa ser chancelada pelo Congresso Nacional. 7 presos até o momentoAté o momento, sete pessoas foram presas sob a suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco: |
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