![]() O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a União entraram com uma ação civil pública em que cobram uma indenização da multinacional Syngenta por suposto dano ambiental decorrente da produção e comercialização de agrotóxicos adulterados e ilegais, segundo a íntegra do pedido visto pela Reuters. A ação, que foi movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) na Justiça Federal de São Paulo, pede o bloqueio do valor de R$ 90 milhões da empresa a título de garantia futura de reparação de danos. O processo contra a Syngenta, comprada pela chinesa ChemChina em 2017, baseia-se em fiscalização do Ibama e do Ministério da Agricultura em novembro de 2021 a uma unidade da empresa com o objetivo de vistoriar a produção de agrotóxicos. Diversifique investindo no Brasil e no exterior usando o mesmo App com o Investimento Global XP A diligência dos fiscais encontrou evidências do uso de uma substância cancerígena chamada “bronopol” em níveis quase três vezes superiores à quantidade autorizada na fabricação do inseticida “Engeo Pleno”. Essa mesma substância também foi adicionada ilegalmente aos pesticidas “Karate Zeon 250 CS” e “Karate Zeon 50 CS”, cujas fórmulas não preveem o “bronopol” , segundo alegou o Ibama. Na ação, ajuizada na sexta-feira passada, o Ibama afirma que busca indenização para reparar integralmente a “exposição à toxicidade e ecotoxicidade irregular derivada de agrotóxico adulterado”. Procurada, a Syngenta não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A Justiça Federal ainda não tomou nenhuma decisão no caso. ProduçãoSegundo a ação, a Syngenta teria produzido 4,7 milhões de litros desses três produtos, dos quais pelo menos 4,4 milhões teriam sido comercializados, segundo provas produzidas pelo Ibama e apresentadas à Justiça. O Ibama estimou ainda que a venda de produtos adulterados gerou cerca de 403 milhões de reais em vendas para a empresa. O órgão também pediu ao juiz que obrigue a empresa a identificar, recolher e descartar adequadamente os produtos comercializados que ainda não foram retirados do mercado. |
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