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Judiciário

Alcolumbre diz que é vitima de disputa ideológica e que não mudará posicionamentos

- 21/08/2025 7 Visualizações 7 Pessoas viram 0 Comentários
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse nesta quarta-feira que é vítima de intolerância religiosa pelos seus posicionamentos. Durante cerimônia de lançamento do livro do ex-ministro Edison Lobão, no Congresso, Alcolumbre voltou a pedir uma trégua na polarização e para que o Brasil “deixe as eleições para o ano que vem”. Nesta terça, ele já havia feito pronunciamento similar. Alcolumbre é o primeiro presidente judeu do Senado e afirmou que, frequentemente, é atacado por sua fé.

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“Eu não vou desviar em nada do que eu acho certo para o povo brasileiro. Eu vou confidenciar uma coisa para vocês. Eu ainda não vi o relatório (feito pela sua equipe com base nas menções na internet), mas a minha secretária me manda que a todo instante eu estou sendo agredido na minha religião nas redes sociais. A última vez que isso começou mataram mais de 6 milhões de pessoas (durante o holocausto). Eu não estou falando isso por uma questão religiosa ou ideológica. Está errado. O Brasil precisa sair desse clima de eleição”, afirmou.

Nesta terça, Alcolumbre pediu que os senadores “deixassem as divergências eleitorais de lado”. O pronunciamento ocorreu no dia em que a oposição voltou a fazer carga para que o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja pautado. Na última semana, Alcolumbre retomou os trabalhos do plenário do Senado após dois dias de obstrução feita pela oposição que se manifestava contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em um comunicado, lideranças da oposição no Senado, como Carlos Portinho (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN), apresentaram um aditamento ao pedido de impeachment de Moraes. Entre os motivos para o acréscimo, a oposição afirma que o uso de tornozeleira eletrônica pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o bloqueio dos seus bens, por ordem de Moraes, configuram “censura prévia e restrições básicas, como acesso à verba parlamentar”. A medida foi colocada em prática pelo fato de Do Val ter saído do Brasil sem autorização. Alcolumbre já manifestou a senadores que não vai pautar o impeachment.

“Que este espaço seja um ambiente de diálogos e não de embates. Faço um chamamento à reflexão: muitas vezes o ódio e as agressões estão tomando o lugar do amor. Não estou me referindo à ideologia A ou B. Interessa termos um país dividido em constantes ofensas? As eleições se passaram e todos seguem em constante processo de rivalidade eleitoral. É bom que a gente possa divergir, mas seria bom que pudéssemos buscar a paz. Que a gente possa deixar os embates do processo eleitoral de lado, para o ano da eleição”, pediu.

A fala dele teve reações no plenário: senadores como Cristiano Cristiano Girão (Novo-CE) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestaram.

“A paz é ação. Temos um colega com tornozeleira eletrônica, sem exercer o seu mandato por um motivo: o Senado não se posiciona. O senhor é o presidente desta Casa. Precisamos desejar o desejo da maioria que quer o impeachment pautado. A solução está no senhor”, afirmou Girão.

Flávio Bolsonaro pediu a anistia aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro.

“Não existe caminho para uma paz, que não seja uma anistia aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro, presidente”, resumiu.




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