![]() Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro esperam que o governo de Donald Trump aplique sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro dos próximos dez dias. A informação foi divulgada na noite de segunda-feira (26) pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. Segundo o jornal, as gestões estão sendo conduzidas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem atuado diretamente para convencer autoridades norte-americanas da pertinência das sanções, inicialmente contra Moraes e seus familiares. Outros ministros do STF só seriam alvo em uma segunda etapa, caso se solidarizassem com Moraes. Três ministros da Corte foram poupados da ofensiva bolsonarista: André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados ao STF por Jair Bolsonaro, e Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff, mas que passou a ser considerado um aliado do bolsonarismo. Fux tem buscado posicionamentos que contrastam com os de Moraes em votações recentes, o que tem repercutido positivamente entre aliados do ex-presidente, pontuou o jornal. Em manifestação pública na Avenida Paulista, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro elogiou um dos votos do magistrado, chamando-o de “sensato” e agradecendo por seu posicionamento. Entenda o casoA expectativa de sanções por parte do governo Trump contra Alexandre de Moraes ocorre em meio a um processo de escalada entre setores da direita brasileira e o Judiciário. O caso escalou o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, afirmar no dia 21 de maio que sanções contra Moraes estavam “em análise” e havia “grande possibilidade” de serem aplicadas. A base legal para a medida seria a Lei Global Magnitsky, que permite aos EUA punir estrangeiros por corrupção ou violações de direitos humanos. As sanções incluem bloqueio de bens, congelamento de contas, suspensão de vistos e restrição de entrada nos EUA. Moraes tem sido alvo de críticas de aliados de Bolsonaro e figuras ligadas à direita americana, especialmente por decisões que determinaram o bloqueio de perfis de bolsonaristas em redes sociais. Paralelamente, Moraes determinou a abertura de um inquérito para apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA. O ministro solicitou ao Itamaraty que indique quais diplomatas podem esclarecer os movimentos do deputado licenciado, acusado de articular medidas para constranger autoridades brasileiras no exterior. A investigação, que está vinculada à ação penal da tentativa de golpe de Estado, também mira possíveis violações à soberania nacional e pressões sobre instituições como o STF, a Polícia Federal e o Ministério Público. |
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