A Justiça da Paraíba mandou soltar a primeira-dama de João Pessoa (PB), Lauremília Lucena, que estava presa desde o último sábado (28). A esposa do prefeito Cícero Lucena (PP), que é candidato à reeleição, havia sido detida em uma operação da Polícia Federal (PF) contra supostos envolvidos nos crimes de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais. Aliciamento é a prática que consiste na tentativa de convencer algum eleitor, de maneira ilegal, a votar em determinado candidato ou partido. A ação é considerada crime eleitoral. A prisão foi revogada pela juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral da Paraíba. A secretária da primeira-dama, Tereza Cristina Albuquerque, que também tinha sido presa, foi libertada. A juíza determinou a aplicação de uma série de medidas cautelares, entre as quais a proibição de frequentar a prefeitura de João Pessoa e diversos órgãos públicos; proibição de manter contato com os demais investigados; proibição de deixar a cidade por mais de 8 dias sem comunicação prévia às autoridades; recolhimento domiciliar no período noturno; e uso de tornozeleira eletrônica. Habeas corpusA defesa de Lauremília informou que tentará derrubar as medidas cautelares impostas pela juíza e que o pedido de habeas corpus será mantido. Ele deve ser analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). Inicialmente, o habeas corpus em favor da primeira-dama seria julgado pelo plenário do TRE-PB, mas houve uma alteração na relatoria do processo e a sessão foi adiada. A análise do pedido de habeas corpus foi redistribuída do relator, Bruno Teixeira de Paiva, para o juiz Sivanildo Torres Ferreira. De acordo com as investigações, a primeira-dama de João Pessoa é suspeita de ter participado ativamente de um esquema envolvendo uma facção criminosa para influenciar as eleições deste ano. Lauremília é esposa do prefeito da capital paraibana, Cícero Lucena, que busca o segundo mandato. Ele não é mencionado na operação. A primeira-dama é investigada por crimes como peculato, coação eleitoral e constrangimento ilegal. |
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