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Americanas: o lado ruim e o lado bom dos resultados não-auditados da varejista

- 11/06/2024 5 Visualizações 5 Pessoas viram 0 Comentários
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Os resultados não auditados da Americanas (AMER3), divulgados na manhã desta terça-feira (11), mostram uma melhora da rentabilidade da varejista no primeiro trimestre, mas acompanhado de um forte recuo nas vendas do comércio eletrônico e cenário de cautela para o varejo no Brasil, segundo destacam os analistas da XP Investimentos.

Pelos dados apresentados, essa melhora da rentabilidade é justificada por fatores sazonais e também pelo avanço do processo de recuperação judicial da empresa. No primeiro trimestre de 2023, a margem bruta ficou em 33,7%, alta de nove pontos percentuais em relação a igual período do ano passado.

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“O número foi puxado por i) impacto positivo da Páscoa; e ii) R$ 128 milhões em eventos extraordinários relacionados a recuperação extemporânea de verbas com fornecedores e melhor eficiência tributária”, explicaram os analistas, lembrando que em 2023 a Páscoa ocorreu no segundo trimestre.


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As ações da Americanas registravam alta de 2,94% por volta das 13h30, cotadas a R$ 0,35.

Ao mesmo tempo que melhorou as margens, a empresa registrou um forte recuo da receita líquida em 2023, com uma pequena recuperação, de 4%, no primeiro trimestre de 2024. Para a XP, isso se deve à redução das vendas no marketplace.

“Os indicadores foram mistos, com receita de 2023 caindo 42%, resultado da estratégia de redução do varejo digital, sobretudo do 1P (varejista para marktplace), apesar de parcialmente compensado pela melhora gradual do varejo físico a partir do segundo trimestre de 2023, com a normalização do fornecimento de produtos, melhora no sortimento e no aperfeiçoamento da precificação”, avaliaram.

Para os analistas da XP, a Americanas tem apresentado uma política de preços mais racional, ante uma atuação mais agressiva no período anterior à recuperação judicial. A ação da empresa, no entanto, segue sob revisão da equipe.

“Apesar da estratégia de precificação mais racional da Americanas e da taxação dos players internacionais contribuírem para o cenário competitivo do e-commerce, continuamos cautelosos com o setor, dado o macro desafiador na demanda e um ambiente competitivo ainda acirrado, com um novo player chinês chegando no Brasil (Temu, que iniciou operações no Brasil)”, concluíram.




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