A Polícia Federal (PF) diz que o ex-presidente da Americanas (AMER3) Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali e outros ex-executivos da rede varejista venderam R$ 287 milhões em ações pouco antes do anúncio, em janeiro do ano passado, da existência de um rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço da empresa em razão de “inconsistências contábeis”. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos A descoberta levou ao enquadramento dos ex-executivos por crime de uso de informações privilegiadas, além de outros delitos investigados na Operação Disclosure, que foi desencadeada ontem. LEIA MAIS:
Segundo a investigação que resultou na ação, Gutierrez e Anna Saicali teriam vendido mais de R$ 230 milhões – R$ 171,7 milhões e R$ 59,6 milhões, respectivamente – em ações da Americanas antes de as fraudes contábeis na empresa se tornarem públicas. O auge das transações ocorreu entre julho e outubro de 2022, afirmam a PF e o Ministério Público Federal (MPF). Os autos da operação apontam que as vendas de ações ocorreram nos seis meses anteriores à divulgação do fato relevante sobre o rombo da Americanas – “responsável por impactar significativamente” o preço das ações da varejista. As operações atípicas chegaram a ser comunicadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A PF indica que a “iminente descoberta pelo mercado do rombo nas finanças da empresa”, com a troca do CEO da Americanas, em agosto de 2022, levou alguns investigados a fazerem “vendas milionárias de ações, antecipando-se ao fato relevante que geraria o derretimento do preço das ações em janeiro de 2023”. A defesa de Gutierrez afirmou, em nota, que “jamais participou’ de fraudes. A defesa de Anna não se pronunciou. O MPF afirmou que, quando saiu a notícia de que Gutierrez seria substituído na chefia da Americanas, os investigados ficaram preocupados com a impossibilidade de esconder as fraudes do novo CEO. Assim, de acordo com a investigação, o grupo tentou “diminuir as consequências” das fraudes “discutindo estratégias que pudessem amenizar os danos que deveriam ser comunicados ao novo CEO”. |
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