Concórdia – Na manhã da segunda-feira, dia 13, o prefeito de Concórdia, Edilson Massocco, concedeu uma entrevista ao jornalismo da Atual FM, onde abordou a polêmica em torno do sistema de estacionamento rotativo da cidade, que resultou em cerca de 15 mil multas aplicadas em 2024.

Pelo menos, esses foram os números apresentados pelo prefeito. Massocco expressou sua insatisfação com a situação, afirmando que o sistema não deve ser uma ferramenta arrecadatória, mas sim uma medida para promover a rotatividade de veículos nas áreas urbanas.

Fazendo uma cálculo superficial, somente em 2024 a Prefeitura de Concórdia arrecadou R$ 3 milhões em multa aplicadas devido a irregularidades no estacionamento rotativo.

Massocco criticou o elevado número de multas, argumentando que a cobrança excessiva sacrifica os cidadãos e não contribui para a finalidade original do estacionamento rotativo.

“O excesso tem que ser coibido. Não podemos aceitar que a rotatividade se torne uma máquina de multas”, destacou. Ele enfatizou a necessidade de um trabalho mais orientativo e educativo, antes de aplicar penalidades.

O prefeito questionou a eficácia do sistema atual, mencionando que muitos motoristas têm dificuldades em utilizar o aplicativo de pagamento, o que poderia ser considerado antes de uma abordagem punitiva. “Por que não fazer um trabalho orientativo? Em vez de sair multando, poderíamos garantir que todos entendam como funciona”, disse.

Massocco também mencionou a existência de uma legislação que regulamenta o estacionamento rotativo, mas ressaltou que é fundamental encontrar alternativas que não penalizem os cidadãos de forma severa. “Nós estamos tentando encontrar mecanismos que possam minimizar o impacto das multas. Um aviso de irregularidade, por exemplo, poderia ser uma solução viável”, sugeriu.

O prefeito concluiu afirmando que a administração municipal não deve depender exclusivamente da arrecadação das multas para funcionar. “Existem outros mecanismos que podemos explorar para garantir a rotatividade sem sacrificar a população”, finalizou.