A Argentina registrou seu primeiro superávit orçamentário em mais de uma década em 2024, mostraram dados publicados nesta sexta-feira (17), marcando uma vitória para o presidente libertário Javier Milei e para seu amplo impulso por austeridade, no primeiro ano completo no cargo. O superávit orçamentário do país foi de 1,76 trilhão de pesos, ou 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano, informou o Ministério da Economia do país. Enquanto isso, o saldo fiscal primário, que exclui os pagamentos da dívida, foi superavitário em 10,41 trilhões de pesos, ou 1,8% do PIB. “O déficit zero é uma realidade”, disse Milei nas redes sociais. “As promessas estão sendo cumpridas.” Milei reduziu os gastos públicos depois de assumir o cargo em dezembro de 2023, em uma tentativa de conter a inflação galopante, que atingiu um pico anual de quase 300% em abril do ano passado. Em comunicado, o Ministério da Economia disse que a âncora fiscal do governo permaneceria em vigor até 2025. Os saldos orçamentário e primário para o mês de dezembro foram negativos, marcando o primeiro déficit primário mensal após 11 meses de saldo positivo. O país registrou um déficit fiscal primário de 1,30 trilhão de pesos e um déficit financeiro de 1,56 trilhão de pesos em dezembro. O ministro da Economia, Luis Caputo, atribuiu os déficits a fatores sazonais, já que dezembro é normalmente um mês de altos gastos do governo.
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