Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, em Roma, após complicações respiratórias. O pontífice argentino foi internado em fevereiro no hospital Policlínico Agostino Gemelli, para tratar de uma pneumonia bilateral. Sua última aparição pública foi na tradicional bênção de Páscoa, no domingo (20).

Francisco assumiu o comando da Igreja Católica em março de 2013, tornando-se o primeiro papa da América Latina e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. Em seus 12 anos de pontificado, realizou 48 viagens internacionais, visitando mais de 60 países — incluindo o território da Cisjordânia —, mas nunca retornou à Argentina, sua terra natal.

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Apesar de ter manifestado o desejo de visitar os argentinos em diversas ocasiões — inclusive em 2024, quando disse que “gostaria de ir, pois são seu povo” —, a viagem nunca se concretizou.

A primeira visita internacional de Francisco foi ao Brasil, em 2013, para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Ao longo do pontificado, o papa promoveu uma agenda diplomática inédita, sendo o primeiro pontífice a visitar países como Mianmar, Emirados Árabes Unidos, Macedônia do Norte, Iraque, Bahrein, Sudão do Sul, Mongólia e Timor-Leste.

As viagens apostólicas refletiram o compromisso de Francisco com o diálogo inter-religioso, a paz e o combate à desigualdade. Sua liderança também foi marcada por posicionamentos firmes sobre mudanças climáticas, migração, pobreza e reforma da própria Igreja Católica.