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As 5 “campeãs” (até aqui) da temporada de resultados dos EUA, segundo analistas

- 05/03/2024 5 Visualizações 5 Pessoas viram 0 Comentários
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Com mais de 90% dos balanços divulgados, o S&P 500 se encaminha para uma temporada de sucesso, com crescimento do Lucro Por Ação (LPA) em relação às expectativas do mercado – que deu uma “mãozinha” ao baixar as estimativas. Falta pouco para saber o realizado oficial, mas o indicador foi a US$ 54,83 para o 4º trimestre de 2023. Embora abaixo do 3º tri, de US$ 58,18, mostra ganho de 4% em um ano.  

Mantida a tendência, será o segundo trimestre consecutivo de ganho no LPA médio das empresas do S&P 500. Antes disso, acumulava três períodos consecutivos de saldo negativo. Para 2024, as projeções estão bastante otimistas, chegando a um pico de US$ 64,5 no fim do ano.  

“Os resultados foram acima do esperado como um todo. Algumas expectativas foram revistas para baixo, mas isso mais para companhias menores, regionais. Para as grandes empresas, não. O nível de expectativa ainda era alto para essas”, diz Thiago Guedes, diretor de negócios da Bridgewise. 

Entre os destaques da temporada estão empresas que divulgaram boas expectativas para os próximos meses, ou que mostraram resiliência, com crescimento e aumento no retorno aos acionistas em meio a uma economia ainda adversa. Confira cinco nomes que saem, até aqui, como “campeões” da temporada de balanços dos EUA.

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Nvidia (NVDA)  

“O sucesso da Nvidia nesta temporada é indiscutível. Foram números de receita e geração de caixa muito fortes e nenhum par chega próximo. O lucro foi tão grande que a relação P/L [preço por lucro] diminuiu. Na prática, a ação ficou mais barata”, diz Guedes.  

Foi o quinto trimestre consecutivo de crescimento da receita, com um avanço de 265% na comparação anual. Para o próximo trimestre, a empresa projetou um crescimento ainda maior de receita e margem operacional. As ações subiram 16,4% após o balanço.   

O diretor da Bridgewise acredita que ainda há espaço para mais valorização – em 2024 as ações já subiram 66% – devido à forte demanda pelos chips relacionados à inteligência artificial e à falta de concorrência na comercialização desses produtos.

Meta (META)  

Paulo Gitz, estrategista Global da XP, destacou a Meta pelos bons resultados de receita, crescimento no número de usuários dos seus aplicativos e projeção elevada para o próximo trimestre. Além disso, a empresa aumentou o seu programa de recompra de ações e anunciou o pagamento do seu primeiro dividendo, de US$ 0,50 por ação.  

Assim como aconteceu com a Nvidia, a repercussão no mercado foi positiva, com alta de 20% nas ações após o balanço. No ano, a valorização é de 41%. Sobre crescimento futuro, a perspectiva é menos certa. Os especialistas veem mais chance de volatilidade nos papéis e no desempenho da empresa.  

Colgate-Palmolive (CL)  

Bicentenária do setor de consumo básico, a Colgate-Palmolive está no grupo de empresas consolidadas e resilientes do S&P 500. Nesta temporada ela surpreendeu ao entregar o seu 18º crescimento de receita consecutivo. “É um marco de estabilidade e também demonstra potencial de crescimento mesmo com o cenário desafiador”, diz Guedes.

O Fluxo de Caixa Livre cresceu em US$ 487 milhões para US$ 939 milhões em um ano. O retorno aos acionistas referente ao quarto trimestre de 2023 se dará por meio de recompra de ações (US$ 245 milhões) e de dividendos (US$ 0,48 por ação).  

Walmart (WMT)  

O Walmart conseguiu surpreender na receita e no LPA, que avançaram na janela anual e vieram acima das expectativas. “À medida que a inflação pesa sobre o consumidor e o crescimento dos salários se modera, o gasto médio do consumidor cai. Apesar disso, a varejista tem conseguido ganhar participação de mercado e crescer no segmento online para compensar os efeitos macroeconômicos adversos”, diz Gitz. 

A empresa comprou a fabricante de smart TVs Vizio e com isso terá um quinto do mercado de TVs nos EUA. A XP espera ganho de receita com anúncios para o futuro. Para 2024, a projeção do Walmart é de crescimento, mesmo que moderado (entre 3% e 4%). Já com os dividendos a empresa é mais generosa, com aumento de 9%, o maior em mais de uma década.  

Novo Nordisk (NVO)  

A farmacêutica por trás de Ozempic e Wegovy apresentou surpresas positivas em sua receita e lucro no quarto trimestre de 2023, com demanda ainda crescente por seus medicamentos para diabetes e obesidade. “A empresa, que se tornou a mais valiosa da Europa, tem poder de determinação de preços, ainda que essa vantagem venha se reduzindo com a entrada de concorrentes no segmento”, diz Gitz.  

A projeção de crescimento para 2024 é alta, de 18% para as vendas de Ozempic e de 26% nas vendas de Wegovy. Os analistas ainda veem algumas travas de regulamentação, principalmente por parte dos planos de saúde. O tratamento não é subsidiado e tem alto custo individualmente.   




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