![]() Diante de um cenário desafiador na Bolsa brasileira, com incertezas sobre juros e política fiscal do governo, as ações defensivas dominam a lista de recomendações das corretoras para o investimento em julho. “Como é provável que o cenário mais incerto e volátil prevaleça nos próximos meses, decidimos reduzir nossa exposição a ações domésticas cíclicas e sensíveis à taxa de juros e, ao mesmo tempo, adicionar um pouco mais de exposição cambial e defensiva”, diz o BTG Pactual, em relatório. Com as incertezas em alta, a ação da Lojas Renner (LREN3), posicionada em um setor sensível às mudanças na Selic e ao nível de consumo, deixa a lista das mais recomendadas. Weg (WEGE3) e Gerdau (GGBR4), adicionada em junho, também saem. A novidade no ranking é a Klabin (KLBN11), que tem receita em dólar e pode adicionar proteção às carteiras. Vale (VALE3) permanece na lista liderada por Petrobras (PETR4), mas vem perdendo indicações. A mineradora liderou a lista de maio, com sete indicações, no mês passado, teve seis. Na lista de junho, foi indicada por cinco corretoras e caiu para a terceira posição entre as mais recomendadas. Todos os meses, o InfoMoney analisa as principais carteiras recomendadas de corretoras, apontando as cinco companhias mais indicadas. Em caso de empate, o número pode ser maior, como ocorreu novamente. Confira a seguir as seis empresas mais citadas em julho, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em junho e no ano:
Petrobras (PETR4)“Acreditamos que as capacidades de produção e exploração da empresa, lideradas por seus ativos de alta qualidade do pré-sal, permanecerão em vigor, apesar das incertezas no Conselho Administrativo”, diz o Santander, que ainda destaca “a sólida posição financeira e resiliência” da empresa, mesmo diante da volatilidade das ações. Itaú (ITUB4)A ação do banco tem o maior peso (15%) na carteira Top 10 da XP, que tem recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 42. Hoje, ITUB4 custa R$ 32,40. Já o BTG Pactual diz que o banco vem se adaptando às mudanças nos papéis dos bancos de varejo, “o que acreditamos que permitirá que seu ROE (Retorno Sobre Patrimônio) sustentável aumente a diferença em relação aos pares”. Vale (VALE3)O BB Investimentos reconhece que há incertezas em relação ao ambiente externo, especialmente no setor imobiliário chinês, que vem se enfraquecendo, mas enxerga o controle de custos e “alocação de capital disciplinada sem deixar de entregar elevado nível de retorno ao acionista” como pontos positivos da empresa. Cyrela (CYRE3)O Santander elevou, recentemente, o preço-alvo para a ação da construtora para o fim do ano, de R$ 32 para R$ 33 – hoje a ação é negociada na casa dos R$ 18. O banco destaca que a ação está negociando em um Preço/Lucro de 5,8x, muito abaixo da média histórica de cinco anos, de 12x. “Vemos a Cyrela como uma das mais bem posicionadas para se beneficiar do atual estágio do ciclo imobiliário, em função da combinação de balanço sólido, portfólio diversificado entre segmentos (da baixa a ultra alta renda) e sólida capacidade de execução”, diz o banco. Sabesp (SBSP3)Mais um papel considerado defensivo, a ação da Sabesp se destaca pelas receitas previsíveis da empresa, já que saneamento básico é um serviço indispensável e necessário em qualquer cenário macroeconômico. A Guide destaca que “a companhia atende 375 dos 645 de São Paulo, cobrindo aproximadamente 70% da população, são quase 28 milhões de pessoas com o abastecimento de água e 25 milhões em coletas de esgoto”. Klabin (KLBN11)A produtora de papéis para embalagens foi uma das adições à carteira do BTG Pactual. “Acreditamos que a empresa deverá se beneficiar de perspectivas melhores em todas as suas unidades de negócios no curto prazo, levando a um sólido (e melhorado) momento de lucros nos próximos trimestres”, diz o banco. Outro destaque para a recomendação é a exposição da empresa ao dólar, o que ajuda na construção de um portfólio mais defensivo. |
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