Andrew Ross Sorkin, Ravi Mattu, Bernhard Warner, Sarah Kessler, Michael J. de la Merced, Lauren Hirsch and Ephrat Livni Os acionistas da Berkshire Hathaway se reunirão em Omaha para a reunião anual do conglomerado no sábado, buscando respostas sobre o futuro da empresa. Milhares de investidores estão se dirigindo para Omaha neste fim de semana, o que só pode significar uma coisa: chegou a hora da assembleia anual de acionistas da Berkshire Hathaway, um evento apelidado de “Woodstock Capitalista”.
O fascínio sempre foi a oportunidade de ver Warren Buffett e Charlie Munger ao vivo, respondendo às perguntas dos participantes em uma performance de comédia entre amigos testada e comprovada pelo tempo. Mas o evento deste ano será o primeiro sem a presença de Munger, que morreu em novembro aos 99 anos, e ocorre em meio a dúvidas cada vez maiores sobre a Berkshire depois de Buffett, que hoje está com 93 anos.
Neste sábado (6), Buffett terá ao seu lado uma equipe diferente respondendo às perguntas. Greg Abel e Ajit Jain, vice-presidentes da Berkshire, estarão presentes durante grande parte do dia. Os acionistas provavelmente estarão focados no que Abel, o sucessor nomeado por Buffett para assumir o cargo de CEO e responsável pelas operações não relacionadas a seguros do conglomerado, terá a dizer. Leia mais: InfoMoney vai a Omaha para conferência anual da Berkshire Hathaway
Na carta anual de Buffett aos investidores, ele fez referência aos desafios enfrentados pelas maiores empresas da Berkshire, dentre as quais a ferrovia BNSF (queda nos volumes de embarques) e seu negócio de utilities (incêndios florestais). No mês passado, a enorme corretora imobiliária da empresa, a HomeServices of America, também concordou em desembolsar US$ 250 milhões para fechar acordos em processos judiciais relativos a comissões inflacionadas por vendas de imóveis.
Os acionistas podem estar interessados em ouvir as opiniões de Jain, mentor de longa data das vitais operações de resseguro da Berkshire, sobre o negócio que sustenta a maior parte dos investimentos de Buffett.
Certamente haverá muitas perguntas sobre os investimentos exclusivos da Berkshire. O desempenho das ações da empresa este ano ultrapassou o da Apple (um dos maiores investimentos de Buffett; leia mais sobre isso abaixo), da Microsoft e da Tesla, bem como o do S&P 500. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Com as taxas de juros permanecendo mais elevadas por mais tempo e as ações de muitos gigantes da tecnologia perdendo força, os acionistas estarão interessados em saber onde Buffett enxerga oportunidades futuras. Elas podem incluir investimentos da empresa na petroleira Occidental Petroleum e em cinco tradings japoneses, cujas ações dispararam.
Os participantes também podem desejar ouvir Buffett explicar qual teria sido sua admissão mais significativa nos últimos anos: hoje, a Berkshire é tão grande que é pouco provável que ela encontre quaisquer aquisições importantes – a fonte histórica dos descomunais retornos sobre os investimentos de Buffett – na qual gastar sua fabulosa fortuna estimada em US$ 163 bilhões. “Em suma, não haverá um desempenho de encher os olhos”, escreveu Buffet na carta anual deste ano.
E pode haver incertezas sobre quem será responsável por selecionar as ações para Buffett. Todd Combs e Ted Weschler gerenciam partes do portfólio de investimentos da Berkshire há anos. No entanto, o desempenho deles tem ficado muito aquém do alcançado pelo próprio Buffett e do S&P 500, o que levanta dúvidas sobre a futura proposta de valor da Berkshire. NYT: ©.2024 The New York Times Company
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