Mãe e filha, que integravam um grupo de turistas, morreram carbonizadas após o balão pegar fogo e cair poucos minutos após a decolagem.

O passeio, que deveria durar cerca de 45 minutos, terminou em tragédia por volta das 6h da manhã, quando, segundo a Polícia Civil, um maçarico dentro do cesto teria provocado o incêndio.

As chamas se espalharam rapidamente e deixaram os ocupantes em desespero. Ao todo, oito pessoas morreram ? quatro ao saltarem do balão durante a tentativa de pouso e outras quatro carbonizadas após a queda.

Entre os ocupantes estava também outra familiar das vítimas, irmã e filha das falecidas, que sobreviveu ao acidente com ferimentos e foi hospitalizada. Segundo informações, ela passa bem.

O piloto do balão, Elves de Bem Crescêncio, licenciado pela ANAC, tentou conter as chamas com um extintor, mas o equipamento falhou. Ele então orientou os passageiros a se abaixarem e a pularem assim que o balão tocasse o solo. No entanto, parte do grupo conseguiu saltar ainda durante o voo, fazendo com que o balão perdesse peso e voltasse a subir, levando consigo os que não conseguiram pular. Pouco depois, a estrutura caiu em chamas.

Imagens registradas por testemunhas mostram o desespero dos passageiros.

Algumas pessoas aparecem se jogando do balão para tentar escapar das chamas, mas não resistiram à queda. Os corpos das vítimas foram encontrados até 500 metros do local da decolagem, exigindo um trabalho de varredura minucioso por parte das equipes de resgate.

Os corpos das duas concordienses chegaram a Concórdia por volta das 7h30 deste domingo, dia 22, em caixões fechados devido ao grau de carbonização. Familiares, amigos e a comunidade prestaram as últimas homenagens no Cemitério Parque.

As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, que busca esclarecer todas as circunstâncias do acidente. O caso repercutiu nacionalmente e levantou discussões sobre a segurança na operação de balões turísticos no país.