A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), que representa as prestadoras de vale-alimentação e vale-refeição já consolidadas, reforçou a posição contrária à portabilidade de bandeiras de cartão no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Nesta quarta (9), a Comissão Mista do Congresso que trata de Medida Provisória (MP) de mudanças no PAT aprovou o relatório do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que manteve a possibilidade de portabilidade no programa, embora com algumas limitações. O texto segue agora para apreciação no plenário do Senado e da Câmara. A MP foi enviada ao Congresso apenas para ampliar o prazo da regulamentação da lei que foi aprovada no ano passado e atualizou as regras do PAT de maio deste ano para o mesmo mês de 2024. Mas o Parlamento resolveu reabrir o debate sobre as regras, especialmente sobre a portabilidade, que permite que o trabalhador escolha qual bandeira quer usar. A lei também passou a prever a interoperabilidade, que determina que as maquininhas aceitem todos os cartões com os quais a loja tem contrato, e o fim do rebate, espécie de bônus pago pelos cartões aos empregadores. Masterclass Semana do Trader Sossegado Uma semana de conteúdo prático e gratuito para você ter ganhos consistentes na bolsa operando apenas 30 minutos por dia No relatório aprovado, Mecias de Jesus propôs que a portabilidade tenha um prazo de regulamentação mais longo do que o resto da lei, até 31 de dezembro do ano que vem, e também incluiu que as transações necessárias para o funcionamento da lei fazem parte do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), regulado pelo Banco Central. Entrave em relação ao SPBO BC, por sua vez, no início deste ano, já havia reforçado que esses arranjos de pagamento não fazem parte do SPB. Além disso, o parecer aprovado na comissão prevê a vedação da portabilidade em casos de decisão por acordos ou negociações coletivas de trabalho. Também nesta quarta (9), o Ministério do Trabalho recomendou “abandonar” neste momento a portabilidade. Segundo disse o auditor fiscal do trabalho da pasta, Marcelo Naegele, a regulamentação do dispositivo é complexa e a portabilidade poderia ficar para um momento futuro, se as demais mudanças não alcançassem o objetivo de baixar as taxas cobradas pelas empresas de tíquete. Segundo ele, só a abertura dos arranjos de pagamento e a interoperabilidade já poderiam gerar economia de R$ 7,5 bilhões em taxas, que giram em torno de 6% a 13%, de acordo com estudo da LCA Consultores. Além da surpresa da manutenção da portabilidade, após a manifestação do MTE, a ABBT disse que causou estranheza a proposta apresentada nesta quarta em função dos dispositivo que prevê que as transações de pagamentos do vale-refeição e alimentação tenham integração com o SPB. “É que a Resolução BCB de 06 de outubro de 2021, do próprio Banco Central, exclui o Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) do SPB do Banco Central e, portanto, deixa o programa fora do âmbito da instituição.” Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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