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A medida do presidente dos Estados Unidos, batizada de “Dia da Libertação”, acendeu o alerta para uma possível guerra comercial global. Em momentos de incerteza, como o atual, investidores buscam ativos considerados seguros, como o ouro, o que atrai investidores e impulsiona seu preço. OK, o metal subiu, mas qual a melhor maneira de investir nele hoje em dia? Além disso, ainda vale a pena investir ou o bonde do ouro já passou? Veja as respostas abaixo! Leia também: Ouro rompe US$ 3.100 pela 1ª vez com tensão comercial entre EUA e mundo Ouro físicoA forma mais tradicional de investir em ouro é comprando o metal diretamente, seja em barras, moedas ou outros formatos. Para isso, é essencial adquiri-lo em instituições autorizadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É possível consultar nos sites de ambas as instituições as empresas autorizadas. As casas mais conhecidas são Ourominas, Parmetal e Carol DTVM. ETFs de ouroÉ possível investir em ouro via ETFs, que são fundos de investimentos negociados como ações. Há várias opções nas bolsas globais e na B3. Por aqui, os três principais são: GOLD11, gerido pela XP Vista Asset Management; BIAU39, que é um BDR (recibo negociado na B3 que representam empresas do exterior) de um ETF de ouro da BlackRock; e o ABGD39, um BDR de um ETF gringo do metal gerido pela Abrdn, uma empresa de investimentos global. Nesta semana, a gestora brasileira Investo lançou o GLDX11, um ETF com lastro em barras de ouro.
Ações de mineradoras de ouroSão papéis de companhias globais que trabalham com extração do metal precioso. Algumas das maiores do mundo são a estadunidense Newmont Mining (N1EM34F), a canadense Barrick Gold (BARR34) e a sul-africana AngloGold Ashanti (A1UA34), todas com BDRs na B3. O histórico mostra que essas ações têm uma “defasagem” em relação ao preço do ouro, e costumam subir após a elevação do metal. StablecoinsStablecoins são criptomoedas atreladas a algum outro ativo, como moeda fiduciária e commodities. Algumas são associadas ao ouro, como a Pax Gold (PAXG) e a Tether Gold (XAUt). Cada unidade delas equivale a uma onça-troy, ou cerca de 31 gramas de ouro. Portanto, diferente de criptos tradicionais, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), as stablecoins têm lastro. Como funciona a tributação do ouro?No caso do ouro físico, a alíquota de Imposto de Renda (IR) sobre o lucro da venda é de 15%, com isenção para transações inferiores a R$ 20 mil. Os ETFs e BDRs de ouro também são tributados em 15%, mas sem direito à isenção. Para stablecoins, a tributação varia de 15% a 22,5%, conforme a faixa de ganho. Em relação às stablecoins adquiridas em corretoras brasileiras, o imposto só incide sobre vendas acima de R$ 35 mil no mês; para as compradas em corretoras no exterior, a alíquota é de 15%, mas não há nenhuma isenção. Bonde do ouro já passou?O cenário global ainda é instável. Por isso, a expectativa é que o ouro continue brilhando. O Goldman Sachs, por exemplo, elevou sua previsão de preço para US$ 3.300 por onça-troy até o final de 2025, ante US$ 3.100 anteriomente, mencionando entradas elevadas nos ETFs do metal. Angelo Belitardo, gestor da Hike Capital, disse que é importante entender que o ouro tende a se valorizar em cenários de incerteza, instabilidade e juros reais baixos. Por isso, embora a expectativa de cortes de taxas nos EUA seja um dos fatores de suporte, se essas tesouradas ocorrerem em um ambiente de recuperação econômica e estabilidade global, o mercado pode interpretar esse movimento como sinal de menor risco, o que reduz a demanda por ouro como ativo de proteção. “Ou seja, parte do atual movimento de valorização pode já estar precificado, e uma melhora nas perspectivas econômicas mundiais pode levar a uma correção no curto prazo. Ainda assim, se a queda nos juros vier acompanhada de pressões inflacionárias ou manutenção das tensões geopolíticas, o ouro pode seguir com espaço para valorização”, falou. Em termos de alocação em carteira, o especialista disse que o metal deve ser considerado um ativo de proteção e diversificação. Para investidores conservadores, uma exposição entre 5% e 10% é suficiente para garantir um colchão de segurança sem comprometer a rentabilidade geral, falou. Para os moderados, vale uma alocação entre 7% e 15%, enquanto os investidores arrojados podem chegar a 20%, concluiu. |
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