O presidente deposto da Síria Bashar al-Assad chegou a Moscou, capital da Rússia, após forças lideradas por islamistas entrarem na capital síria e porem fim a mais de meio século de domínio da família Assad.

A queda de Bashar al-Assad: o fim da dinastia que governou a Síria por 50 anos

O mistério em torno do paradeiro de Assad foi finalmente esclarecido no final da noite de domingo. De acordo com um oficial do Kremlin familiarizado com a situação, ele chegou à capital russa e, segundo a agência de notícias estatal TASS, ele e sua família receberam asilo.

À medida que os rebeldes tomavam Damasco e saqueavam o palácio presidencial, vários relatos na mídia sugeriam que Assad buscaria refúgio com aliados: seja na Rússia — dado que Vladimir Putin o socorreu em 2015 — ou no Irã.

Os Emirados Árabes Unidos, que desempenharam um papel em seus últimos dias e em sua desesperada tentativa de se manter no poder, também foram mencionados.

Surpresos, detentos deixam prisões de Assad; o que dizem os rebeldes sírios

Os filhos de Assad e a mulher dele, Asma, também estão em Moscou.

A Rússia, desta vez, decidiu não intervir na situação síria. Vladimir Putin, presidente russo, mostrou disposição em acolher Assad, mas não quis se envolver massivamente na Síria. A atenção de Putin foi desviada para a Ucrânia, onde lançou uma invasão em 2022.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não respondeu a um pedido de comentário sobre o asilo a Assad.