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Economia

Batalha da inflação não está ganha e juros ainda precisam ser restritivos, diz Campos Neto

- 22/08/2023 24 Visualizações 24 Pessoas viram 0 Comentários
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A inflação no Brasil tende a subir por efeito estatístico até o final ano e, embora a parte de serviços tenha começado a cair, agora também nos preços subjacentes, o patamar ainda está longe do ideal buscado pelo Banco Central. Assim, a batalha da inflação não está ganha e os juros ainda precisam ficar no campo restritivo. A mensagem foi passado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, em palestra na 24 a conferência anual do Santander Brasil, que etsá acontecendo em São Paulo.

Campos Neto lembrou as origens do atual processo inflacionário global, destacando que, por conta da pandemia, foram injetados na economia US$ 9 trilhões em incentivos fiscais e monetário, para uma economia global de US$ 80 trilhões. “A gente entendia que ia ver uma inflação um pouco mais persistente”, afirmou, ponderando que existia uma tese de isso não iria ocorrer porque só aconteceria um reequilíbrio entre as variações de preços de serviços e bens.

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O que ocorreu foi que as pessoas estavam em casa, sem mobilidade, e recebiam transferências dos governos, consumindo bens e não serviços. Assim a inflação de serviços caiu e a demanda de bens subiu. “Na verdade, o dinheiro colocado em circulação e o estímulo foi tão grande que fez se criasse um excesso de poupança por um prazo longo. E quando estimulou a demanda de bens, estimulou também a demanda de energia. Então, teve uma inflação de bens junto com a inflação de energia, que depois se agravou com a guerra (na Ucrânia)”, explicou.

No pós-pandemia, todos os Bancos Centrais subiram os juros, alguns com característica inflacionárias diferentes de outros. Agora, continuou Campos Neto, a inflação global começa a cair, com a parte de energia voltando bastante, principalmente na Europa. “Mas quando a gente olha os núcleos de inflação, eles estão bastante persistentes”, disse, destacando que, em alguns países, esses núcleos ainda estão subindo na margem.

O cenário para os países avançados, segundo o presidente do BC, é de núcleos de inflação não estão caindo tanto, mas no mundo emergente os núcleos começaram a cair, numa velocidade lenta. “Alguns países no mundo emergente fizeram um programa grande de subsídios de alimentos”, afirmou.

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