IMG-LOGO
Geral

BBA reforça aposta em Hapvida com sólida geração de caixa e queda na judicialização

- 30/05/2025 1 Visualizações 1 Pessoas viram 0 Comentários
image 1

O Itaú BBA reitera a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações da Hapvida (HAPV3), com preço-alvo mantido em R$ 4,20 por ação, sustentado por uma visão construtiva sobre a tese de investimento. Às 10h38, a ação da companhia recuava 0,70%, a R$ 2,83.

Segundo o banco, a projeção de uma sólida geração de fluxo de caixa livre, com rendimento estimado de 9% em 2026, e a melhora dos indicadores de judicialização — observada tanto nos dados reportados quanto em proxies como reclamações na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ações judiciais contra operadoras de saúde — reforçam o cenário positivo.

Leia também
image 2

Ibovespa Ao Vivo: Confira o que movimenta Bolsa, Dólar e Juros nesta sexta

Índices futuros dos EUA operam sem força, de olho em tarifas e dados de inflação

Segundo o BBA, a variável que mais introduzia incertezas nos modelos de analistas passou a mostrar sinais de estabilização. A ausência de um indicador externo confiável para estimá-la adicionava complexidade às projeções, mas as declarações da administração de que as tendências de abril foram semelhantes às do 1T25 reforçam a percepção de melhora.

A empresa relatou que o número de liminares se mantém estável desde meados do ano passado. Com isso, o BBA trabalha com a hipótese de que os “novos depósitos brutos” — isto é, o montante total judicialmente reivindicado antes de qualquer mitigação — seguem constantes. Ao mesmo tempo, os acordos judiciais têm ganhado importância na resolução dessas demandas. O banco projeta um impacto de 2,7 pontos percentuais na margem EBITDA relacionado às ações cíveis.

Hapvida: mudança relevante no sentimento após 1T25

O Itaú BBA destacou uma mudança considerável no sentimento do mercado em relação às ações da Hapvida, especialmente em conversas recentes com investidores do buy-side. Essa inflexão se deu após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25).

Embora o BBA não classifique o trimestre como excepcional — diante das incertezas sobre o crescimento da base de beneficiários e de um tíquete médio levemente inferior —, os números representaram um ponto de virada nos depósitos judiciais cíveis, sem comprometer de forma significativa a sinistralidade (MLR). A desaceleração nos novos depósitos líquidos veio acompanhada de uma melhora sequencial no MLR.

Embora essa dinâmica possa ter sido parcialmente beneficiada por uma queda na frequência de procedimentos em todo o setor no início de 2025, os dados foram recebidos com alívio pelo BBA.

Ganhos de eficiência

O BBA também vê com bons olhos a reversão da tendência de alta das despesas gerais e administrativas (G&A), que vinham pressionadas pelo processo de integração com a NotreDame Intermédica. No 1T25, os primeiros sinais de ganhos de eficiência operacional começaram a se materializar.

Com isso, o BBA espera que as despesas G&A — excluindo provisões — permaneçam relativamente estáveis entre o 1T25 e o 4T25, à medida que os ganhos se consolidam. Como resultado, projeta uma margem EBITDA (EBITDA sobre receita) de 13,4% em 2025, já incorporando uma leve piora na linha de provisões de ressarcimento ao SUS, diante da base baixa do ano anterior e da expectativa de aceleração na emissão de faturas.

Crescimento

Por outro lado, o BBA considerou o crescimento do trimestre um pouco decepcionante. Já se esperava um início de ano mais fraco em termos de adição líquida de beneficiários, mas também foi observada uma leve desaceleração no tíquete médio.

Entre os destaques positivos, o produto PPO voltou a apresentar melhora, após perda de beneficiários desde a fusão com a NDI. Já os demais produtos apresentaram desempenho abaixo do esperado, refletindo tanto uma sazonalidade mais acentuada nas vendas brutas quanto um ambiente competitivo mais agressivo.

Olhando para frente, o BBA considera plausível uma aceleração do crescimento, diante da redução nas reclamações junto à ANS, política de reajustes mais conservadora frente à concorrência e conclusão dos processos de integração. Ainda assim, a projeção para o ano é de crescimento líquido de apenas 33 mil beneficiários em 2025.




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *