![]() O Bradesco BBI avalia que a América Latina pode estar no início de um novo ciclo de alta nos mercados, em condições parecidas com as observadas entre 2016 e 2018. Em relatório publicado neste domingo (1º), analistas descrevem o momento como um “bull market de volta para o futuro”, em referência à combinação de juros em queda, valuations baixos e transições políticas que marcaram aquele período. Segundo o banco, os mercados em alta da região duram, em média, 50% mais do que os de baixa e entregam retornos dez vezes superiores. Desde 1988, houve cinco ciclos de valorização, com média de 62 meses e retorno próximo a 500%. “Os mercados em alta da América Latina duram quase 50% mais e oferecem retornos dez vezes maiores que os mercados de baixa”, afirmam os analistas. Para o BBI, o paralelo mais próximo é o da eleição e do corte de juros no Brasil entre 2016 e 2018. “O paralelo mais próximo é o rali de 87% entre 2016 e 2018, durante o ciclo eleitoral na América Latina e o corte de juros no Brasil. Valuations e câmbio estão mais baratos agora”, destaca o relatório. O documento também observa que “a América Latina está razoavelmente bem posicionada em nosso monitor global”, citando como fatores positivos a combinação de valuations baixos, crescimento de lucros e melhora do cenário político. Em relação ao Brasil, os analistas mantêm recomendação overweight (acima da média), com foco em ativos sensíveis a juros, estatais e setores de capital intensivo. O portfólio sugerido para o país inclui mudanças recentes, como a substituição de Assaí e Sabesp por Renner (LREN3) e Copel (CPLE6), além da adição de LatAm Airlines, no Chile. “Nosso portfólio barbell (estratégia que aloca os ativos em um dos extremos numa escala de risco) para o Brasil é orientado ao risco”, escrevem. O relatório ressalta que, apesar das altas recentes — com o MSCI LatAm subindo 26% no ano — o desempenho pode ser sustentável. “Os temores dos investidores sobre um rali de mercado de baixa são grandes, dada a subperformance dos emergentes nos últimos 15 anos”, alertam os analistas, mas destacam que os fundamentos atuais diferem dos de ciclos anteriores que não se sustentaram. |
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