O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (16) seu plano para retirar a maconha da categoria mais rígida e restritiva de drogas na legislação do país.

A pedido da administração Biden, o Departamento de Justiça americano formalizou a proposta para reclassificar a maconha como uma droga de menor risco, transferindo-a do grupo que contém substâncias como heroína para o menos rigoroso.

“Muitas vidas foram destruídas por causa de uma abordagem fracassada em relação à maconha, e estou empenhado em corrigir esses erros. Você têm minha palavra”, disse o presidente americano no X.

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, reforçou a iniciativa: “Atualmente a maconha é classificada no mesmo nível da heroína e mais perigosa que o fentanil. Finalmente estamos mudando isso”, disse Harris. “Estamos no caminho certo para fazer isso”, afirmou.

O primeiro passo do processo para a aprovação da proposta será o seu envio a um período de dois meses de comentários do público. Eles serão posteriormente analisados pelo DEA (sigla em inglês para Administração de Fiscalização de Drogas). Após analisar os comentários, o órgão emite ou não a reclassificação da maconha. O processo pode levar um ano, segundo a NBC.

Existem cinco categorias de drogas nos Estados Unidos, sendo a primeira a mais restritiva (compreendendo drogas como heroína, LSD, ecstasy) e a quinta, a menos restritiva (que contém remédios para tratar diarreia e medicamentos antiepiléticos), por exemplo.

Hoje a maconha se encontra no primeiro grupo, sendo considerada mais perigosa, segundo a legislação, do que cocaína, fentanil e metanfetamina.