O empresário britânico de tecnologia Mike Lynch e o presidente do Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, estão provavelmente a bordo dos destroços afundados de um iate de luxo na costa da Sicília, disse um comunicado da Guarda Costeira italiana.

“Nunca diga nunca é o nosso lema”, disse Vincenzo Zagarola, porta-voz da Guarda Costeira italiana. “Mas, neste momento, seria razoável pensar que é mais provável que encontremos as pessoas desaparecidas dentro do barco.”

Zagarola acrescentou que a busca pelas seis pessoas desaparecidas continuará, com a ajuda de navios militares e helicópteros. Em uma entrevista separada à agência de notícias AP, quando perguntado se os passageiros seriam encontrados vivos, ele disse que “razoavelmente a resposta deveria ser não”.

Seis hóspedes e nove tripulantes foram resgatados do iate Bayesian, que afundou depois que um tornado atingiu a embarcação perto de Porticello, na Sicília, na segunda-feira (19). Lynch e sua família estavam comemorando sua recente absolvição das acusações de fraude com um pequeno grupo de conselheiros quando a violenta tempestade chegou.

O chefe da agência de proteção civil na Sicília, Salvo Cocina, disse em uma mensagem à Bloomberg na terça-feira (20) que os seis passageiros desaparecidos são Bloomer e sua esposa Judy, o parceiro de Clifford Chance, Chris Morvillo e sua esposa Neda, bem como Lynch e sua filha Hannah.

Lynch, de 59 anos, vinha tentando restaurar sua reputação como um dos empresários mais bem-sucedidos da Europa. Durante anos, ele argumentou que havia sido o bode expiatório da aquisição de US$ 11 bilhões de sua empresa de software, a Autonomy, pela Hewlett Packard, em 2011.

Um ano depois, a HP registrou US$ 8,8 bilhões do preço de compra e acusou publicamente Lynch de fraude.

As autoridades italianas já iniciaram uma investigação sobre o naufrágio. A Divisão de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido, que investiga acidentes marítimos envolvendo embarcações britânicas em todo o mundo, enviou quatro inspetores à Sicília para realizar uma avaliação preliminar, de acordo com um porta-voz do Departamento de Transportes. Eles falarão com as autoridades locais e equipes de serviços de emergência para determinar se precisam iniciar uma investigação.

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