O Bitcoin (BTC) reage de forma positiva ao anúncio de corte de juros na China, a segunda maior economia do mundo, e opera em alta de 1,50% na manhã desta terça-feira (20), negociado a US$ 26.775 nas exchanges de criptomoedas.

O Banco Popular da China (PBOC) reduziu sua taxa básica de juros de empréstimo de um ano de 3,65% para 3,55%, e a de cinco anos de 4,30% para 4,20%, o que pode injetar mais dinheiro na economia global.

Alguns observadores do mercado de criptomoedas, que tendem a valorizar com cortes de juros nos Estados Unidos, acreditam que um maior estímulo na nação asiática poderia compensar o tom hawkish (preocupado com a inflação) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

“Os relatórios também sugerem que a China está preparando um pacote de estímulo de 1 trilhão de yuans (US$ 140 bilhões). Esta é uma grande notícia no que se refere à liquidez global”, disse David Brickell, diretor de vendas institucionais da empresa de cripto venture Paradigm, na última edição de seu relatório Macro Pulse.

“Se a liquidez global estiver aumentando, o Bitcoin deve começar a subir forte”, acrescentou Brickell.

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Movimentos mistos

As altcoins (criptomoedas diferentes do BTC) tiveram movimentos mistos nesta terça. O Ethereum (ETH), o segundo maior token em valor de mercado, subiu 0,20%, para US$ 1.728.

Por outro lado, o XRP (XRP) caiu 1,30%, para US$ 0,48; o BNB Chain (BNB) 0,70%, para US$ 240; e a Cardano (ADA) 0,40%, para US$ 0,25.

Os players do setor continuam preocupados com a batalha regulatória entre a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) contra as principais exchanges do mercado – Binance e Coinbase – e com a possibilidade de o Fed aumentar os juros ao longo de 2023.

“O mercado opera em dúvida porque não sabe como o regulador (dos EUA) pode impactar as empresas e projetos de cripto”, disse Vinícius Bazan, analista de criptoativos da Empiricus Research.

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(Com informações da Bloomberg)