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Bitcoin rumo aos US$ 140 mil? Veja por que BlackRock e traders estão otimistas

- 14/07/2025 5 Visualizações 5 Pessoas viram 0 Comentários
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O Bitcoin (BTC) manteve o pé no acelerador e superou a marca dos US$ 122 mil nesta segunda-feira (14) pela primeira vez na história, impulsionado por fortes entradas em produtos cripto, como ETFs e fundos, e por uma agenda carregada de votações sobre cripto no Congresso dos Estados Unidos. Para traders e para a gestora BlackRock, porém, a alta ainda está longe do fim.

No mercado de opções de criptomoedas – onde investidores negociam o direito de comprar ou vender o ativo digital no futuro a um preço pré-estabelecido – há 327,9 mil contratos abertos, com valor de US$ 39,94 bilhões. Desses, 206.397 apostam na alta (call ou direito de compra) e apenas 121.585 na queda (put ou direito de venda), segundo dados da exchange Deribit. Os maiores volumes, como mostra o gráfico abaixo, estão concentrados nas faixas entre US$ 120 mil e US$ 140 mil.

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Fonte: Exchange Deribit

Na prática, isso mostra que muitos participantes do mercado acreditam em uma forte valorização da maior criptomoeda do mundo. E não são apenas os traders de opções que pensam assim. A BlackRock, maior gestora de ativos do planeta, também projeta um cenário semelhante, e analistas locais têm visão semelhante.

Na semana passada, a gigante dos investimentos sugeriu, em análise gráfica diária, que o Bitcoin poderia saltar 30%, para US$ 140 mil. No dia da publicação, a criptomoeda era negociada a US$ 111 mil. O motivo para o otimismo? Um padrão gráfico conhecido como bull flag (bandeira de alta) foi identificado.

Esse padrão ocorre quando o preço sobe fortemente (mastro), faz uma pausa com leve correção (a bandeira) e depois tende a retomar a alta. É um sinal comum de continuação de tendência em mercados com forte demanda.

Uma quebra consistente acima de US$ 123.000 poderia abrir espaço para buscar US$ 125.000 e, posteriormente, US$ 130.000 ou mais, também acredita Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil. “Caso o Bitcoin supere a resistência de US$ 130.000, há potencial para buscar patamares entre US$ 135.000 e US$ 140.000”, falou. “Por outro lado, uma correção pode encontrar suporte sólido entre US$ 115.000 e US$ 111.800, regiões de forte interesse de compra”, completou.

Mas por que tanto otimismo com o Bitcoin?

O Bitcoin, segundo analistas de mercado, vive um momento positivo impulsionado por uma série de fatores de fatores regulatórios, institucionais e macro. No geral, especialistas apontam três principais pontos que estão favorecendo a criptomoeda nesse momento:

Investimento institucional

Diante da guerra tarifária global e de instabilidades geopolíticas, investidores institucionais estão reforçando a alocação em criptoativos – especialmente em Bitcoin. Os fundos administrados por gestoras captaram US$ 3,7 bilhões em entradas líquidas globais na semana passada, a segunda maior da história, segundo dados da CoinShares. No total, esses produtos somam agora US$ 211 bilhões em ativos sob gestão.

Semana decisiva no Congresso dos EUA

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos deve votar três projetos de lei para o mercado de criptomoedas nesta semana: Lei Genius, focada na regulação das stablecoins, aquelas criptomoedas pareadas em ativos do mercado tradicional, como dólar e ouro; Lei Clarity, que visa estabelecer uma estrutura regulatório para o mercado cripto; e Lei Anti-CBDC, que proíbe a emissão de cripto de bancos centrais (as CBDCs) nos EUA. Os republicanos (por trás do projeto) acreditam que, diferente de uma cripto “tradicional”, como o BTC, uma CDBC pode se transformar em um instrumento de vigilância financeira.

“A expectativa de curto prazo é positiva, com início da Crypto Week entre os dias 14 e 18, os resultados que devem ser favoráveis ao setor, devem ditar o tom do mercado, junto com possíveis novos anúncios de tarifas’’, disse Andre Franco, CEO da Boost Research. 

Empresas comprando Bitcoin

Outro fator de apoio à alta é a movimentação de empresas listadas em bolsa, que vêm acumulando BTC em suas tesourarias. No segundo trimestre de 2025, essas companhias compraram 159 mil unidades, elevando o total para 847 mil BTC – o equivalente a cerca de US$ 91 bilhões, segundo a gestora Bitwise. O número representa cerca de 4% da oferta total do ativo, que é limitada a 21 milhões.

“Entre os vetores de alta, destacam-se os fortes fluxos dos ETFs spot de Bitcoin, além do aumento do posicionamento de empresas com tesourarias em Bitcoin, movimento reforçado por anúncios recentes de companhias como a Trump Media. Somado a isso, o ambiente regulatório mais claro nos EUA e o apetite institucional crescente consolidam a nova fase de precificação do BTC’’, disse Murilo Cortina, diretor de novos negócios da QR Asset Management.

Alerta

O cenário estrutural segue favorável, com suportes bem definidos e resistências que, se rompidas, podem levar a novas máximas, segundo Prado, da Bitget. No entanto, é preciso ter cuidado na hora do investimento, disse o especialista. “O sentimento de mercado permanece em “ganância” segundo o Fear & Greed Index (ferramenta utilizada para avaliar o sentimento dos investidores), o que pode aumentar a volatilidade e exigir cautela para entradas de curto prazo”, falou.




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