O Bitcoin (BTC) passou dos US$ 31 mil e chegou próximo de sua alta de um ano de US$ 31.410, alcançada em 23 de junho, após a BlackRock adicionar novos detalhes à sua proposta de ETF (fundo negociado em bolsa) à vista da criptomoeda.

Na segunda-feira (3), a maior gestora de ativos do mundo modificou a papelada de seu produto de investimento – enviado no mês passado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, por meio da Nasdaq – e indicou que a exchange Coinbase Global fornecerá vigilância de mercado em apoio ao fundo.

A medida ocorreu depois que a agência reguladora dos EUA disse que os registros iniciais de ETFs de criptomoedas da BlackRock e de outras gestoras, como Fidelity Investments, Invesco e VanEck, eram insuficientes e careciam das informações necessárias. Algumas das outras empresas também mudaram o registro após a negativa da agência reguladora.

“A aprovação de um ETF de Bitcoin seria benéfica, pois proporcionaria acesso mais amplo ao mercado, atraindo novos investidores, incluindo institucionais. Isso aumentaria a demanda e, consequentemente, a liquidez geral do Bitcoin. Além de tudo, traria maior credibilidade e confiança devido à aprovação dos órgãos reguladores, o que poderia atrair ainda mais capital institucional”, disse Wander Guedes, head de prime desk da Transfero.

Por volta das 7h40 desta terça-feira (4), o Bitcoin opera a US$ 31.006, com alta de 1,20% nas últimas 24 horas. Na semana, o BTC subiu 1,99% e, no ano, o ativo acumula valorização superior a 80%. As altcoins (qualquer cripto diferente do BTC) estão com movimentos mistos hoje – o Ethereum (ETH) caiu 0,10%, para US$ 1.995, e o XRP (XRP) subiu 0,80%, para US$ 0,48.

Desde ontem, os touros do Bitcoin estão tentando aproveitar a liquidez do mercado antes do feriado de 4 de julho dos Estados Unidos, dia da independência do país, para empurrar o preço da moeda digital para outra alta no ano.

“Historicamente, a liquidez é definitivamente mais baixa nos feriados e, combinada com um aumento relativamente grande de alavancagem recentemente, os preços estarão mais suscetíveis a movimentos bruscos”, disse Kyle Doane, trader da Arca, para a Bloomberg. “O mercado ainda está em alta e o sentimento geral continua melhorando.”

Segundo semestre promissor

Lendel Vaz Lucas, CEO da iVi Technologies, gestora de investimentos quantitativos, disse que a possível aprovação de um ETF à vista de Bitcoin, a proximidade do halving (evento que corta a emissão do BTC pela metade) em 2024 e a desaceleração dos juros podem fazer a criptomoeda entrar em um novo rali no segundo semestre.

“Com todos esses eventos ocorrendo simultaneamente, espera-se que a próxima bull run (corrida de touros) ganhe força. Esperamos que no segundo semestre o Bitcoin possa se aproximar dos US$ 60 mil, representando um aumento adicional de 100% em relação aos níveis atuais”, falou.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h40:

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

(Com informações da Bloomberg)