O Bitcoin (BTC) voltou a cair nas últimas horas e abre nova semana em terreno negativo, a quinta seguida desde os ganhos no final de março. Com isso, a criptomoeda já cede mais de 12% em abril e caminha para o pior fechamento de mês desde a quebra da corretora FTX, em novembro de 2022, quando recuou 16%. Após atingir US$ 62.000 na madrugada, o ativo digital era negociado por US$ 62.357 às 8h30 desta segunda-feira (29). Em em 24 horas, recua 1,8% e, em sete dias, desvaloriza 5,7%. Criptos menores sofrem mais, com destaque para a Solana (SOL), que perde 4,7% em relação à manhã de domingo, e vai a US$ 134. A queda recente ocorre após anúncio por autoridades financeiras dos Estados Unidos de que fundos de índice (ETFs) de Bitcoin e outras criptomoedas não poderão ser usados, ao contrário de outros produtos, como colateral para operações de crédito, gerando dúvidas sobre a amplitude da adoção dos veículos de ativos digitais. Em paralelo, a demanda pelos ETFs de Bitcoin nos EUA, que vinha alta desde os lançamentos dos produtos em janeiro, está em queda desde 12 de abril. Para analistas da Bernstein, entretanto, a diminuição do fluxo para os ETFs não indica que um novo período prolongado de baixa está pela frente para a criptomoeda. A corretora observa que a moeda digital está apenas sem novo impulso claro após o halving, mas as expectativas para os próximos meses seguem positivas. “Há um tempo de gestação natural para que o Bitcoin se torne uma recomendação aceitável de alocação de portfólio e as plataformas estabeleçam a estrutura de compliance para vender os ETFs de bitcoin”, escreveram os analistas da casa. A Bernstein afirma que sua expectativa de alto para o novo ciclo de alta da criptomoeda permanece inalterada em US$ 150.000 até 2025, já que “os fluxos de demanda sem precedentes para os ETFs reforçaram ainda mais nossa convicção”. Por outro lado, no curto prazo, investidores seguem nervosos com o impacto macro no ativo digital. Segundo a casa de análise QCP, o mercado segue digerindo os dados econômicos mais recentes dos EUA. “A leitura do PIB [dos EUA] mais fraca que o esperado aponta para uma economia mais lenta, enquanto o núcleo do PCE mais elevado alerta para um problema de inflação que continua a ser um problema para o Federal Reserve (o banco central americano)”, escreveu a QCP em nota publicada no fim de semana. Divulgado na semana passada, o PIB dos EUA mostrou que a maior economia do mundo cresceu a uma taxa anualizada de 1,6% no primeiro trimestre deste ano, após crescimento de 3,4% do trimestre anterior. No entanto, o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), métrica de inflação preferida do Fed, mostrou que os preços subiram para uma taxa anualizada de 3,4% nos primeiros três meses do ano, contra 1,8% no último trimestre de 2023. Os dados ajudam a engrossar o caldo de expectativas de agentes para as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que deverá discursar na próxima quarta-feira (1) após nova reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês, o Copom americano). Confira o desempenho das principais criptomoedas às 8h:
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
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