Cerca de uma dezena de militares bolivianos foram presos após a tentativa de golpe de Estado na quarta-feira (26), disse um ministro do governo à televisão local nesta quinta-feira (27), acrescentando que eles enfrentam acusações que podem levar a penas de 15 a 30 anos de prisão. A mobilização das Forças Armadas foi liderada pelo general Juan José Zúñiga, preso ainda na noite de quarta-feira. Soldados e veículos blindados tomaram a praça central Plaza Murillo e o palácio presidencial em La Paz, em uma tentativa de destituir o presidente boliviano Luis Arce. Em um pronunciamento ao país, Arce denunciou a tentativa de golpe e fez um apelo aos bolivianos para saírem em defesa da democracia. “Hoje o país está enfrentando uma tentativa de golpe de Estado. Hoje o país enfrenta mais uma vez interesses para que a democracia na Bolívia seja interrompida”, disse o presidente no palácio, com soldados armados do lado de fora. Juan Jose Zúñiga tinha sido destituído do seu posto dias antes por declarações golpistas na televisão e forte oposição ao ex-presidente Evo Morales. Zúñiga disse que Morales não deveria poder retornar à Presidência e ameaçou bloqueá-lo caso ele tentasse, o que levou Arce a removê-lo do cargo. Aos repórteres na praça, o general citou a raiva crescente no país, que vem enfrentando uma crise econômica com o esgotamento das reservas do banco central e a pressão sobre a moeda boliviana, uma vez que as exportações de gás diminuíram. “Parem de destruir, parem de empobrecer nosso país, parem de humilhar nosso Exército”, disse, em uniforme completo e ladeado por soldados, insistindo que a ação era apoiada pelo público. (Com informações de Reuters) |
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