O Ibovespa caminha para fechar julho com um avanço de mais de 3%, a quarta alta mensal seguida do índice, isso se conseguir sustentar o avanço de quase 1,5% que tinha durante a tarde. Às 15h30 (horário de Brasília), o Ibovespa avançava 1,38%, a 121.834 pontos, nesta segunda-feira (31); na máxima do dia, o benchmark da Bolsa atingiu 122.148 pontos.

Hoje, o principal índice da Bolsa brasileira sobe com ajuda das exportadores de commodities e da nova política de dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4), além de o mercado monitorar aguardar também a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana.

As ações ordinárias e preferenciais da petroleira estatal ganham cerca de 4,5% e 4%, respectivamente, após o anúncio de que a companhia irá manter boa parte da sua atual política de dividendos – apesar de alguns analistas verem riscos “nos detalhes”.

Outros papéis de exportadoras de commodities, caso da BRF (BRFS3) Marfrig (MRFG3) e São Martinho (SMTO3) avançam na esteira do anúncio  de que a China irá implementar medidas para aumentar o consumo no país. As ações ordinárias da Vale (VALE3), com peso importante no índice, e da CSN (CSNA3) também ficam entre os destaques, uma vez que a perspectiva é que o setor imobiliário ganhe alguns estímulos.

“Grande parte da alta de hoje é reflexo da Petrobras, que está subindo com sua política de dividendos, e da Vale, que sobe cerca de um 2,5%. Esta é muito puxada  por indícios que a China começará uma política de incentivos ao consumo”, explica Milena Araújo, estrategista de investimentos da Nexgen Capital. “A mesma coisa se dá no setor de proteínas”.

Fora as exportadoras de commodities, companhias ligadas ao mercado interno também avançam consideravelmente, com investidores monitorando a decisão do Copom. Os papéis ordinários da Magazine Luiza (MGLU3) ganham quase 4%, os da Locaweb (LWSA3), 3,5%, e os da Petz (PETZ3), 2,50%.

O Banco Central local deve cortar os juros básicos em 0,25 ponto percentual quando se reunir na terça e na quarta desta semana, de acordo com economistas consultados pela Reuters. Mas operadores do mercado financeiro se mostravam mais divididos, embutindo probabilidade de cerca de 60% de uma redução de meio ponto, com 40% de chance de um ajuste mais brando.

Circulou hoje o comentário de que a decisão do Banco Central chileno, de cortar a taxa básica de juros por lá em 1 ponto percentual na última sexta, pode pressionar a autoridade monetária brasileira a ser mais agressiva em sua decisão.

Os DIs para 2024 perdem 4,5 pontos-base, a 12,56%, e os para 2025, 5,5 pontos, a 10,59%. As taxas dos contratos para 2027 recuam 11 pontos, a 10,12%, e bem como as dos contratos para 2029, que vão a 10,52%. Os DIs para 2031 pagam 10,76%, com menos 12 pontos.

O dólar, apesar da alta do Ibovespa, avança 0,18% frente ao real, negociado a R$ 4,739 na compra e a R$ 4,74 na venda.

(Com Reuters)