![]() As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 6, em sessão na qual o Banco Central Europeu (BCE) decidiu pelo corte de suas taxas de juros em 25 pontos-base. O movimento era amplamente antecipado e contou com pouca oposição, mas os próximos passos para o relaxamento monetário da autoridade estão em aberto. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,68%, a 524,75 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,47%, a 8.285,34 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,41%, a 18.652,67 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,42%, a 8.040,12 pontos. Em Milão, o FTSE MIB ganhou 0,95%, a 34.834,30 pontos. Em Madri, o Ibex35 subiu 0,80%, a 11.444,00 pontos. A exceção foi Lisboa, pelo segundo dia, onde o PSI 20 cedeu 0,24%, a 6.814,45 pontos. Em comunicado, o BCE avaliou que é apropriado agora moderar o grau de restrição da política monetária, mas ressaltou que as taxas continuarão em “níveis suficientemente restritivos pelo tempo que for necessário”. A autoridade ponderou que as expectativas para inflação têm recuado em todos os horizontes e que a perspectiva para os preços teve melhora evidente no bloco, demonstrando que este é o momento “apropriado para moderar o nível de restrição”. A equipe técnica do BCE revisou para cima projeções deste ano e do próximo para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro, tanto no índice cheio quanto no núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia. O BCE acredita que o CPI da zona do euro avançará 2,5% neste ano, quando em março o BCE esperava alta de 2,3%. Para 2025, o avanço esperado de março, de 2,0%, foi revisado para uma alta de 2,2%, enquanto a de 2026 foi reafirmada em 1,9%. Segundo a Bloomberg, os dirigentes do BCE estão praticamente excluindo a possibilidade de um segundo corte na taxa de juros em julho, e alguns também questionam se seria sensato reduzir na reunião seguinte, em setembro. As fontes revelaram que a discussão na reunião monetária desta quinta-feira mal considerou a chance de relaxar a política monetária novamente no próximo mês e que não há consenso sobre a decisão de 12 de setembro, quando o BCE publicará nova rodada de projeções trimestrais. O dirigente do BCE Robert Holzmann confirmou que foi o único dissidente na decisão de cortar as taxas nesta quinta. Holzmann tomou como base os dados econômicos mais recentes, apesar de afirmar na semana passada que estava inclinado a reduzir taxas de juros. “Decisões dependentes de dados devem ser dependentes de dados”, disse o dirigente por meio de um porta-voz, que confirmou a divergência. Na zona do euro, as vendas no varejo recuaram em abril ante março, contrariando previsão de avanço. Apenas na Alemanha, as encomendas à indústria também sofreram uma inesperada queda no mesmo período. |
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