Em apresentação a investidores, em seu Investors Day, realizado nesta terça-feira (28), os executivos da Braskem ({ativo=BRKM5]) assinalaram uma perspectiva de melhora do mercado, diante da expectativa de que o ciclo de baixa do setor petroquímico, que teve nos tempos recentes sua fase mais aguda, pode estar chegando ao fim. “A gente tem expectativa que o ano de 2023 possivelmente tenha representado o pior momento, e a partir do ano de 2024 a gente espera uma recuperação em termos de cenário internacional, a partir de um maior equilíbrio entre oferta e demanda global”, disse Roberto Bischoff, CEO da Braskem, a analistas. “Essa recuperação não será muito acelerada, não será igual em todos os produtos”, ressaltou. Segundo ele, há produtos no portfólio mais resilientes que sofreram menos no ciclo de baixa e outros que foram mais impactados. “Então, não será também igual (o novo ciclo) em todos os produtos. Terá velocidades diferentes, dinâmicas diferentes, respondendo ao que é balanço de oferta e demanda em termos de mercado global”, disse. “Mas entendemos que 2024 já representa uma evolução”, complementou. Braskem (BRKM5) vê melhora dos spreadsA Braskem tem expectativa de que os spreads no mercado internacional apresentem uma recuperação, considerando maior equilíbrio entre oferta e demanda global, pelo menos até 2026. Desde o ano passado, os spreads (diferença entre o preço da matéria-prima e o produto) vêm declinando, resultado de uma menor demanda global. A petroquímica aponta o momento de baixa à desaceleração na atividade econômica e adições de capacidades feitas nos últimos anos no setor. Na apresentação, a Braskem projetou, para o ano que vem, um mercado com menor entrada de capacidade e potenciais movimentos de racionalização de produtores de baixa escala de produção e não integrados. A normalização da taxa de juros é vista pela companhia como impulsionadora do crescimento da demanda. Sem novidades da AdnocAinda no Investor Day, a petroquímica declarou que não há novidades nas negociações com a Adnoc. “Até onde a gente sabe, a resposta não foi feita”, disse Pedro Freitas, CFO da Braskem (BRKM5), em relação a oferta não vinculante entregue no início do mês pela Adnoc, estatal de petróleo dos Emirados Árabes, para aquisição da participação detida pela Novonor na petroquímica. O executivo comentou que “a abertura de due diligence mais profunda, por exemplo, não começou por parte da Adnoc; e a due diligence da Petrobras está bastante avançada, perto da conclusão”. No entanto, o executivo não descartou que a negociação possa ter caminhado, já que ela corre em sigilo. “A Braskem não participa das negociações”, frisou. AlagoasFreitas disse que a Braskem espera concluir no início de 2024 as ações do plano de realocação e compensação de moradores de Maceió atingidos pelo afundamento de solo que obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana. “No início do ano que vem, devemos concluir o PCF (programa de compensação financeira) definitivamente”, disse. A petroquímica provisionou R$ 5,7 bilhões para o programa, dos quais R$ 4,4 bilhões já foram desembolsados. O total provisionado pela companhia para os eventos relacionados ao afundamento do solo de Maceió é de R$ 14,4 bilhões, além do PCF, como para o fechamento de poços de mineração de sal, entre outros. Cerca de R$ 9,2 bilhões já foram desembolsados, afirmou o executivo. Até setembro de 2024, a Braskem tem provisionado R$ 3,2 bilhões, restando R$ 2,4 bilhões para após o terceiro trimestre do ano que vem, período em que a empresa prevê concluir o fechamento dos poços e os projetos de mobilidade urbana na cidade. (Com Reuters) IM Business Newsletter Quer ficar por dentro das principais notícias que movimentam o mundo dos negócios? Inscreva-se e receba os alertas do novo InfoMoney Business por e-mail. |
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