Novidades geopolíticas. O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou a maior ampliação do Brics ? formado, até então, por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ? desde a sua criação, em 2009.

• Agora, foram convidados a entrar no grupo Argentina, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.

O que é esse tal de Brics? A sigla se refere a um grupo de países emergentes que têm como objetivo a cooperação econômica e o desenvolvimento em conjunto, não se enquadrando como um bloco econômico propriamente dito.

Como Lula destacou, agora, o Brics passa alcançar 35% do PIB mundial, além de 46% da população global. Para efeito comparativo, o G7 ? grupo dos países mais industrializados ? detém 33% do PIB mundial.

A parte polêmica da história? ?

Com a China defendendo a entrada de adversários históricos dos EUA, como a Venezuela e Cuba, havia um receio de que o Brics se tornasse um grupo contra a terra do Tio Sam e o G7.

• Inclusive, Lula deu uma declaração dizendo que o Brics ?não quer ser contraponto ao G7 ou ao G20, nem aos Estados Unidos?.

No final das contas, a ampliação foi menor do que a desejada por Pequim. No entanto, a entrada do Irã ? que tem uma rivalidade de décadas com os EUA ? pode reforçar a ideia ?antiamericana? do grupo.

Bottom-line: Além da Venezuela e Cuba, no total, mais de 20 países manifestaram interesse em entrar para o Brics, incluindo Argélia, Bangladesh, Belarus, Marrocos e Nigéria.