A varejista de moda C&A tem razões para comemorar. Em um ano complicado para boa parte das empresas que dependem do consumidor final, a companhia de origem holandesa viu os números da operação brasileira evoluírem em diversas frentes no quatro trimestre de 2023. A venda de vestuário, por exemplo, avançou 18,8% frente ao mesmo período em 2022. O lucro líquido ajustado, por sua vez, foi 98,2% maior que no quarto trimestre de 2022: R$ 144,9 milhões. Em entrevista ao IM Business, o CEO da C&A Brasil, Paulo Correa, comemorou: “Estamos conseguindo entregar as metas que prometemos quando fizemos o IPO”, disse. Um dos pontos que mais satisfez a empresa foi a diluição em 2,5 ponto percentual das suas despesas operacionais, na mesma base de comparação, o que teve um reflexo na redução da alavancagem da empresa para 1,5x a dívida líquida total. Isso abre mais espaço para novos investimentos este ano, mas Correa garante uma coisa: M&As não são prioridade para a companhia neste momento, assim como a abertura de lojas. “Para isso acontecer, precisaríamos de uma redução mais expressiva da taxa de juros no Brasil. Com ela a dois dígitos, não conseguimos pensar nisso”, afirmou ele. A empresa alcançou ainda o seu melhor nível histórico de Margem bruta de vestuário: 56,5%. No quarto trimestre de 2023, a C&A também comemorou a evolução do seu programa de pagamentos C&A Pay, que atingiu a marca de 5 milhões de cartões digitais emitidos para uso nas suas lojas. Essa vertente representou 25% das vendas no trimestre. “Ainda vemos espaço para crescer este ano, mas logo começaremos a atingir um platô”, aponta o executivo. A empresa encerrou o ano com R$ 1,2 bilhão em caixa, o que classifica ser sustentável para fazer frente aos seus compromissos em 2024.
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