IMG-LOGO
Economia

Campos Neto diz que compromisso para trazer inflação à meta está “sedimentado” no BC

- 12/08/2024 18 Visualizações 17 Pessoas viram 0 Comentários
image 1

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira (12) que está “sedimentado” entre os diretores da autarquia a mensagem consensual de que farão o que for preciso para trazer a inflação para a meta independentemente de quem for o presidente da autarquia.

Durante palestra em evento de inauguração de novo campus da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, Campos Neto ainda afirmou que o ambiente de inflação acima da meta e expectativas desancoradas é motivo de preocupação, acrescentando que o BC tem feito o máximo para mostrar que suas decisões são técnicas.

“A gente tem tido uma mensagem inequívoca e consensual de que o BC vai fazer o que for preciso para trazer a inflação para a meta, é muito importante, e é independente de quem seja o presidente, de qual seja o mandato, isso está bem sedimentado no grupo que temos hoje”, disse.

Leia também
image 2

Campos Neto vai à Câmara para explicar política monetária do Banco Central

Presidente do Banco Central falará aos integrantes das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação; em julho, autoridade monetária manteve taxa básica de juros em 10,5% ao ano

image 3

Campos Neto, Focus, balanços e mais destaques desta 2ª feira

Confira os assuntos que vão mexer com os mercados

“A gente tem feito o máximo possível no sentido de mostrar que é técnico, que o grupo é coeso, que não importa quem vai estar lá que o BC vai agir sempre de forma técnica”, acrescentou.

Ele afirmou que a inflação acumulada em 12 meses no Brasil — que alcançou em julho o teto da meta, de 4,5% — vinha desacelerando e recentemente “subiu um pouquinho”, ponderando que os itens menos voláteis estão relativamente comportados.

Na apresentação, Campos Neto disse que as políticas fiscal e monetária são fatores que geram incerteza e elevação de prêmio de risco no país, argumentando que o BC tem feito esforço para mostrar que trabalha com seriedade para levar a inflação à meta de 3%.

Do lado fiscal, ele disse que o governo também tem feito um esforço grande e que o prêmio de risco tende a diminuir se o efeito dessa atuação se concretizar. Ele ponderou que “tem muito exagero” nas percepções de mercado, que não acredita nos compromissos fixados pelo governo.

Em relação à atividade econômica, o presidente do BC disse que o país continua a apresentar números bons, acima do esperado, enfatizando que as surpresas têm se disseminado um pouco mais.

O presidente do BC voltou a afirmar que o juro real — diferença entre a taxa básica de juros e a inflação — no Brasil é muito alto, mas roda em patamar mais baixo do que o observado historicamente no país.

Ele argumentou ser mais importante olhar para o esforço monetário, a diferença entre o juro real e o juro neutro, patamar que não estimula nem retrai a atividade. Isso porque uma taxa neutra mais alta reduz o efeito da taxa básica de juros sobre a economia.

Atualmente, o BC trabalha com uma hipótese de taxa real neutra de 4,75%, patamar alcançado após ter sido elevado em 0,25 ponto percentual em junho.




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *