 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou que não vê um vetor óbvio para a continuidade do processo de desinflação global à frente. Ele ressaltou, no entanto, que a expectativa é que o processo continue, apesar de lento. Campos Neto voltou a citar que houve uma coordenação entre política monetária e fiscal durante a pandemia que não se repetiu após o fim da crise sanitária. “Muitos países estão com dificuldade de sair dos programas fiscais que foram criados. O fiscal é sempre mais fácil de fazer do que de tirar.” Masterclass Semana do Trader Sossegado Uma semana de conteúdo prático e gratuito para você ter ganhos consistentes na bolsa operando apenas 30 minutos por dia O presidente do Banco Central citou que teses aventadas sobre o processo de desinflação não se confirmaram, como a expectativa de que o juro mais alto levaria a atividade a encolher e o desemprego a aumentar, com isso os salários cairiam e pressionariam a inflação para baixo. Campos Neto voltou a citar a preocupação com a trajetória fiscal nas grandes economias, a exemplo dos Estados Unidos. O aumento recente da dívida pública americana – que deve continuar à frente -, somado ao nível elevado de juros, aumentou o custo de rolagem, explicou. A consequência desse processo, emendou, deve ser a diminuição da liquidez, não só para as empresas, mas para o mundo emergente. “Devemos fazer o dever de casa. Há um estrangulamento de liquidez já encomendado, mesmo que os Estados Unidos desacelere e a taxa de juros caia, não vai cair o suficiente para reverter.” O presidente do BC participa de evento da Endeavor, em São Paulo.
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