O Carrefour (CRFB3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2023, com lucro de R$ 132 milhões no terceiro trimestre. O número representa queda anual de 59% e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 13,4%, somando R$ 1,47 bilhão. Apesar das baixas na comparação anual, os ativos CRFB3 sobem forte na Bolsa nesta quarta-feira (1). Às 10h24 (horário de Brasília), a alta era de 4,12%, a R$ 9,34. De acordo com o Itaú BBA, os dados vieram “melhores que o esperado”. A análise destacou que, dada as expectativas baixas para o balanço, seria possível que houvesse uma reação positiva do mercado. Na prática, os números trouxeram “tendências de rentabilidade mais saudáveis que o esperado no braço de Cash&Carry”. “Vale a pena destacar que os resultados do terceiro trimestre de 2023 refletiram alguns impactos positivos pontuais nos resultados financeiros”, diz o BBA. Um dos pontos de destaque na visão do banco foi a rentabilidade do Atacadão, que apresentou expansão da margem bruta em 90 pontos base em relação à 2022. Com isso, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) se manteve, o que se apresenta como 100 pontos base acima da estimativa do BBA. Além disso, a melhora no capital de giro, oferecendo dinâmicas mais positivas com fornecedores, e a aceleração na rampa de lançamentos chamaram atenção positivamente. Levante Ações de Alta Valorização Analista de Equities, com mais de 30 anos de experiência no mercado, revela a seleção de Small Caps para você buscar lucros expressivos “O trimestre foi marcado por impactos positivos pontuais nos resultados financeiros relacionados a reversões de provisões de contingência; estimamos que esse impacto seja de aproximadamente R$ 200 milhões e ajustamos o lucro líquido por isso”, comenta o BBA. O Bradesco BBI considera que o resultado trouxe “sentimentos mistos” porque, apesar de trazer números melhores que o trimestre anterior, a companhia evidencia “contratempos importantes na execução e estrutura de capital”. Os desafios podem afetar o potencial de geração de fluxo de caixa da empresa, em especial em um contexto de dificuldades macroeconômicas com deflação de alimentos, como se vê. Entre os pontos positivos, o BBI destaca o desempenho sólido do Atacadão, crescimento de ganhos do Carrefour Bank, que avançou 57% em relação ao ano anterior, gestão considerada “consistente” do capital de giro, que incluiu aumento de 10 dias para os fornecedores e taxa de execução anual de R$ 1,3 bilhão. Já os aspectos negativos apresentados pelo balanço, de acordo com a análise do banco, foram as margens consideradas baixas de Ebitda em 1,7% para Carrefour no Varejo e em 4% para Sam’s Club, esta última impactada pela abertura de lojas, a reversão de provisões e o FCF (fluxo de caixa livre) negativo acima de R$ 1,5 bilhão com impacto de R$ 1 bilhão em despesas de capital, R$ 700 milhões em necessidades de capital de giro e resultado financeiro líquido de R$415 milhões. Ainda assim, o BBI considera que a visão de longo prazo para o nome é positiva, com preço sobre lucro de 11,2 vezes para 2024. No momento, a classificação segue como Outperform (desempenho acima da média, similar à compra) e preço-alvo de R$ 16,00 para fim de 2024. O Morgan Stanley mantém a recomendação em Overweight (exposição acima da média, similar a compra), com mesmo preço-alvo estabelecido pelo BBI. O banco considerou que “a deflação de alimentos impactou as vendas, e os ventos contrários da integração do BIG afetaram o Carrefour Retail, enquanto a captura de sinergias, o Ebitda do banco e a expansão da margem do Atacadão foram pontos positivos”. Newsletter Infomorning Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia |
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