![]() As alterações feitas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no começo do mês, restringiram as emissões e modificaram os prazos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Imobiliário (LCI), além das Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). O prazo mínimo das LCAs e LCIs foi ampliado de 90 dias para 9 meses e 12 meses, respectivamente. Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos, diz que as mudanças exigirão maior organização antes de aplicar. Agora, diz, a aplicação por LCI ou LCA apenas se não precisar dos recursos no curto prazo. “Nesse caso, é importante que esse investidor já possua uma reserva de emergência em outro ativo com liquidez diária”, acrescenta. Com os novos vencimentos em vista, qual é o investimento pós-fixado que faz mais sentido para quem deseja resgatar o valor dentro de 12 meses, seja para viajar, realizar uma festa ou outro objetivo de médio prazo? Para a simulação, o InfoMoney levantou as taxas mais altas oferecidas por alguns produtos de renda fixa compiladas pela plataforma da Yubb, com base na oferta disponível em várias corretoras, e estipulou o valor a ser aplicado de R$ 1 mil. A pesquisa levou em conta dados da última segunda-feira (19) e incluiu os retornos de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), LCIs, LCAs, além de um fundo de renda fixa simples sem crédito privado, que aloca a maior parte da carteira em títulos públicos, e de uma aplicação no Tesouro Selic. As rentabilidades consideradas para o levantamento foram:
Segundo simulação feita por Michael Viriato, estrategista-chefe da Casa do Investidor, o investimento mais vantajoso teria sido a aplicação em um CDB que oferecia 120% emitido pelo Banco BMG. De acordo com os cálculos de Viriato, o CDB teria entregue um retorno líquido (descontando o imposto) de 9,9% ao término dos 12 meses. Ou seja, o investidor que tivesse aplicado no produto receberia R$ 1.099 ao fim do período. Na sequência, a segunda melhor opção seria uma LCI do Banco Bari, seguida pela LCA do banco ABC Brasil. Depois aparecem as aplicações no fundo DI simples e a aplicação no Tesouro Selic. Confira na tabela abaixo quanto o investidor receberia em cada caso:
Ao analisar os retornos, é possível perceber que o reinado ficou por conta de ativos bancários. Guilherme Sharovsky, investment banker da Bloxs Capital Partners, lembra que LCIs, LCAs e CDBs costumam ter um risco de crédito envolvido, mas têm a vantagem de possuírem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O fundo devolve até R$ 250 mil por investidor (CPF) e por instituição financeira, até o teto de R$ 1 milhão que é renovado a quatro anos, em caso de problemas na instituição, como uma intervenção do Banco Central. Por serem títulos bancários, o profissional também diz que é importante verificar o financiador, ou seja, quem seria chamado em caso de algum problema com a casa. “São três bancos com muita história e os financiadores trazem um acréscimo positivo às instituições”, diz Sharovsky. No caso do BMG, o especialista da Bloxs cita que o banco é controlado pela família Pentagna Guimarães, que é bastante conhecida. Um dos membros, inclusive, esteve presente na lista da Forbes de 2022 figurando entre os maiores bilionários brasileiros. O Banco Bari, por sua vez, possui financiadores ligados à família Bordin no Paraná, enquanto o ABC Brasil é controlado pelo Arab Banking Corporation, um dos maiores bancos do Oriente Médio e do Norte da África, observa o profissional da Bloxs. Também é importante verificar o rating (classificação de risco de crédito) de cada instituição. Lembrando que títulos com rentabilidade mais alta tendem a ter maior risco e rating mais baixo (AAA é considerado o de maior qualidade, enquanto ratings a partir de BBB possuem um risco especulativo), o que pode ser minimizado se o investidor respeitar os limites do FGC na hora de alocar, destaca Sene, da Nova Futura. |
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