![]() O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, afirmou no Stock Pickers desta sexta-feira (8) que a decisão da Petrobras (PETR3; PETR4) de não pagar dividendos extraordinários não afeta as previsões da União (assista ao episódio no vídeo acima). O anúncio da estatal, após a divulgação do balanço do quarto trimestre, fez com que as ações despencassem até 10%, fazendo com que a empresa perdesse R$ 52 bilhões de valor de mercado em apenas um dia. Ceron destacou que a previsão do governo inclui apenas os dividendos regulares, não os extraordinários, e também outras estatais, como o Banco do Brasil (BBAS3) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo estima uma receita de R$ 41,4 bilhões neste ano com dividendos e participações em empresas estatais (não só a Petrobras). “Nós só colocamos na previsão os dividendos regulares. A gente não coloca esse tipo de especulação, previsão, expectativa que pode vir extraordinária. Então, a previsão de dividendos que nós colocamos na proposta do Orçamento geralmente tem um grau de segurança bom”, afirmou o secretário do Tesouro no Stock Pickers, o maior podcast do Brasil sobre mercado financeiro. O secretário também ressaltou que a decisão da Petrobras, de reter os dividendos, é “por enquanto provisória”, e que na verdade a projeção para as estatais “hoje está com um viés de alta”. “Como eu disse, a gente acaba usando [nas previsões] sempre o que já está contratado, aprovado, então não deve ter impacto”, afirmou. Ele destacou, no entanto, que um pagamento extraordinário “geraria uma gordura” para o governo. “Mas ela não está na previsão, então isso, de fato, não impacta [na projeção]”. Ceron participou do programa ao lado de Caio Megale, ex-secretário da Fazenda da cidade de São Paulo e hoje economista-chefe da XP Inc. (XPBR31), e Felipe Salto, ex-secretário da Fazenda e Planejamento do estado de São Paulo e atual economista-chefe e sócio da Warren Brasil. O trio foi entrevistado pelo apresentador Lucas Collazo e pelo editor de Política do InfoMoney, Marcos Mortari. |
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