IMG-LOGO
Segurança

Chefe da PF defende articulação ampla contra lavagem via criptos em ataque hacker

- 04/07/2025 38 Visualizações 38 Pessoas viram 0 Comentários
image 1

LISBOA – O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, defendeu nesta sexta-feira (4) uma resposta articulada entre setor público, reguladores e empresas privadas para enfrentar o uso de criptomoedas por organizações criminosas. A fala ocorre no contexto da investigação sobre um ataque hacker de grandes proporções a uma instituição que integra a estrutura do sistema financeiro nacional.

“Nós entramos na pauta da lavagem de dinheiro, e uma das modalidades é o investimento em criptoativos”, afirmou Rodrigues ao InfoMoney, durante o Fórum de Lisboa. Ele ressaltou que o combate a esse tipo de prática exige mais do que ação policial. “Há uma necessidade não só do trabalho policial, mas do trabalho regulatório, o trabalho em conjunto com as instituições financeiras, com as agências que atuam nesse segmento, para que a gente consiga ter, em conjunto, o enfrentamento a isso.”

Segundo o diretor, a Polícia Federal já coopera com instituições como a Febraban e vê potencial para estender essa integração a outros agentes do mercado. “Quem sabe avançamos também para as corretoras de cripto, para outras modalidades de negócio, pra que a gente tenha uma integração maior do setor privado com o setor público.”

Rodrigues também destacou que a PF vem se estruturando para lidar com o aumento dos crimes cibernéticos. “Nós criamos uma Diretoria de Crimes Cibernéticos exatamente com essa perspectiva do crescimento dessa modalidade delituosa, e temos hoje uma equipe técnica, equipamentos, trabalhando sobre esse caso e sobretudo com uma grande interação com outras agências e inclusive do setor privado.”

A Polícia Federal investiga um ataque que, segundo informações do G1, envolveu o uso de credenciais de clientes para realizar transferências fraudulentas. Um suspeito foi preso em São Paulo, e as autoridades apuram o possível desvio de recursos convertidos para carteiras digitais no exterior.

Apesar da complexidade da investigação, o diretor demonstra otimismo: “A Polícia Federal tem um dado estatístico: nós conseguimos encontrar solução para 86% das nossas investigações. Então eu espero que essa seja uma que aumente essa estatística.”




Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *