![]() O Banco Central do Brasil elevou a Selic para 14,75% ao ano nesta semana, o maior patamar em quase duas décadas, tornando os títulos de renda fixa locais ainda mais atrativos. O Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), por outro lado, manteve os juros entre 4,25% e 4,50% pela terceira vez consecutiva. Diante desse cenário, por que investir no exterior? Dólar está em tudo – até no cafezinhoMesmo com a atratividade dos títulos brasileiros, uma parte importante da tese de investimentos no exterior está na proteção cambial. Desde sua criação, em 1993, o Real já perdeu cerca de 80% do seu valor frente ao dólar. Além disso, a moeda gringa afeta o cotidiano do brasileiro. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), publicado este ano, apontou que o dólar impacta entre 16% e 18% da cesta de consumo local. Onde investir na renda fixa?Apesar de menores em comparação com o Brasil, as taxas de juros nos EUA estão em níveis historicamente altos. Antes da pandemia, por exemplo, os juros estavam por volta de 2,5% ao ano. Atualmente, o mercado já precifica cortes de até 0,90 ponto percentual ao longo de 2025. Renda variável também entra no radarO ano começou turbulento para as bolsas americanas, em razão da guerra tarifária iniciada pelos EUA, que aumentou a aversão ao risco e derrubou o valor de mercado de grandes empresas. Ainda assim, o histórico de longo prazo reforça o potencial do mercado americano. Nos últimos 10 anos, o índice S&P 500 subiu quase 190%, segundo cálculos de Correia, da XP. O CDI, para efeito de comparação, rendeu 142% (38% de ganho real). Para João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, é um erro considerar que os acontecimentos do início do ano vão se manter no longo prazo. Segundo ele, o investidor deveria aproveitar o momento para olhar com mais atenção para a renda variável, especialmente o setor de tecnologia. ”Estamos vendo os investimentos das empresas em inteligência artificial avançando e isso vai gerar retorno em excesso para as empresas no médio e longo prazo, então acho que quem aproveitar esse momento, vai sim estar comprando a preços extremamente interessantes’’, disse. Como deve ficar a carteira?De acordo com o time de alocação da XP, o percentual mínimo recomendado para investir diretamente no exterior é de 15% do patrimônio financeiro. Desse percentual total, a sugestão é alocar 55% na renda fixa lá fora (42% em títulos públicos e 13% em títulos corporativos), 40% na renda variável (sendo 60% no mercado de ações americano), 5,5% em investimentos alternativos e 2% em fundos com liquidez imediata, conhecidos como money market. Riscos
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