![]() Mais uma vez, a BRF (BRFS3) foi fundamental para os resultados trimestrais da Marfrig (MRFG3). A controladora fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 62,6 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 634 milhões no mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também reagiu. Entre janeiro e março, o indicador cresceu 94,8%, para R$ 2,7 bilhões. Desse total, a BRF deu uma contribuição de 80%, graças ao melhor primeiro trimestre de sua história. As operações de carne bovina – América do Sul e América do Norte – representaram no primeiro trimestre 56% da receita total da Marfrig, deixando os 44% restantes para a BRF. Assim, a Marfrig viu sua receita crescer 3,8% nos primeiros três meses do ano, para R$ 30,4 bilhões. A partir de agora, a Marfrig vai excluir do resultado consolidado gerencial os dados referentes às unidades vendidas para a Minerva (BEEF3), e que ainda aguardam aprovação do Cade. Assim, as operações da América do Sul levam em conta apenas as operações continuadas. América do NorteA operação de bovinos na América do Norte ainda sente os efeitos da oferta restrita de gado, ainda que as perspectivas de demanda sejam crescentes. A margem Ebitda voltou a cair, passando de 3,9% no primeiro trimestre do ano passado para os atuais 2,1%. “As margens ainda estão apertadas. No primeiro trimestre houve um aumento de 12% no preço do boi em comparação ao mesmo período do ano passado. E haverá uma compressão ainda maior”, disse Tim Klein, CEO das operações da Marfrig na América do Norte. Em suas projeções, Klein estima que, dada a oferta mais restrita de animais, que atingirá seu ápice em 2027, a capacidade da indústria irá cair para que as margens sejam gerenciadas. No pior momento desse ciclo, o executivo espera por uma ociosidade entre 20% e 25%. América do SulNa América do Sul, o cenário apresentou melhoras, principalmente pelo aumento dos volumes e dos preços médios no mercado doméstico. A receita da Marfrig na região cresceu 11%, para R$ 3 bilhões, enquanto o volume avançou 13%, para 165 mil toneladas. “Queremos aumentar a participação que os produtos de valor agregado têm em nossa receita. Não trabalhamos com uma meta específica, mas, no primeiro trimestre, eles já representaram 39% do valor de vendas na América do Sul”, disse Rui Mendonça, CEO das operações da América do Sul da Marfrig. |
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