Por Michelle Nichols NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve votar ainda nesta quarta-feira um pedido por pausas e corredores humanitários urgentes em toda a Faixa de Gaza por vários dias para permitir o acesso de ajuda humanitária, disseram diplomatas. Alguns diplomatas disseram esperar que o conselho de 15 membros adote a resolução, embora alguns países provavelmente se abstenham. Uma resolução precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto dos Estados Unidos, Rússia, China, França ou Grã-Bretanha. Será a quinta tentativa do conselho de tomar medidas desde que os militantes palestinos do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel prometeu exterminar o Hamas, que governa Gaza, atacando o enclave de 2,3 milhões de habitantes pelo ar, impondo um cerco e lançando uma invasão terrestre. O Conselho de Segurança tentou agir quatro vezes em duas semanas em outubro — a Rússia falhou duas vezes em obter os votos mínimos necessários, os Estados Unidos vetaram uma resolução elaborada pelo Brasil e a Rússia e a China vetaram uma resolução elaborada pelos EUA. Masterclass com Su Choung Wei Lucrando com o Medo Estratégia é capaz de gerar de 2% a 6% de rentabilidade mensal em dólar com uma operação por mês O impasse tem se concentrado, em grande parte, no fato de se pedir uma pausa humanitária ou um cessar-fogo. Uma pausa é geralmente considerada menos formal e mais curta do que um cessar-fogo, que deve ser acordado pelas partes em conflito. O projeto de resolução a ser votado na quarta-feira, redigido por Malta, “pede pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir (…) o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido” O texto exige o cumprimento da lei internacional, especificamente a proteção de civis, especialmente crianças. Ele também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos, especialmente crianças. A minuta não condena as ações do Hamas, um ponto de discórdia para o aliado de Israel, os Estados Unidos. O texto pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência, acolhe as entregas iniciais e limitadas de ajuda e pede que elas sejam ampliadas. Na esteira do impasse do Conselho de Segurança no mês passado, a Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, adotou em 28 de outubro — com 121 votos a favor — uma resolução redigida por Estados árabes que pedia uma trégua humanitária imediata e exigia acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza sitiada e proteção aos civis.
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