A Polícia civil Delegacia do Consumidor (Decon) do Rio de Janeiro prendeu neste domingo (20) a coordenadora técnica do Laboratório PCS Saleme, Adriana Vargas dos Anjos. Ela é suspeita de envolvimento no caso da emissão de laudos fraudulentos que levaram à contaminação por HIV de pacientes transplantados. O técnico de laboratório Ivanilson Santos, que foi preso na última segunda-feira (14), afirmou em depoimento que a coordenadora teria ordenado para economizar no controle de qualidade. A investigação do caso aponta que aconteceu uma falha operacional no controle de qualidade feito nos testes, para diminuir custos, o que levou as amostras a serem analisadas semanalmente, quando antes eram realizadas todos os dias. O delegado Wellington Pereira, que é responsável pela investigação, disse que a suspeita negou as acusações. Mais duas pessoas também foram chamadas ao Decon para prestar depoimento, uma sendo o ex-sócio do laboratório, onde foram ouvidas e liberadas. Segunda fase da operaçãoAté agora, a “Operação Verum”, já na segunda fase, cumpriu um mandado de prisão e também oito buscas e apreensão. A primeira fase começou na última segunda, com a prisão de duas pessoas e mais outras duas que se entregaram durante a semana. Na sexta-feira (18), foi decidido manter a prisão temporária de quatro outros funcionários do Laboratório PCS Saleme. Os documentos e materiais apreendidos continuam sob análise pela polícia. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que os investigados e o Laboratório PCS Saleme já emitiram dezenas de laudos com resultados de HIV, tanto falsos positivos quanto falsos negativos, incluindo exames de crianças. Eles respondem a diversas ações indenizatórias por danos morais e materiais. Conforme o avanço das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) optou por dividir o procedimento que examinava os laudos fraudulentos do Laboratório PCS Saleme e realizou um novo inquérito para averiguar o processo de contratação da empresa.
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