Os investidores que buscam operar com day trade – negociações com ações ou índices que são abertas e encerradas no mesmo dia – mas que, por algum motivo, não conseguem ficar por muito tempo em frente à tela de um computador vêm ganhando novas opções Para isso, plataformas e corretoras já oferecem duas formas para que traders façam operações de curtíssimos prazo, de forma automática. Estamos falando do copy trading e do robô trading. Apesar de aparentemente, em essência, serem semelhantes, as duas estratégias carregam suas particularidades. No caso do copy trading, o investidor opta por, como o nome já diz, copiar a forma de operar de um analista. Já no robô trading, as negociações são feitas totalmente por decisão de algoritmos. Em comum, ambas são automatizadas, como ressalta Alexandre Difini Sampaio Filho, gerente Sênior Comercial da Nelogica, plataforma voltada a traders. “Os dois partem da mesma premissa, de gastar menos tempo na frente da tela, mas são diferentes. No copy, se segue uma estratégia de um analista, de uma pessoa certificada. Já no robô, há um algoritmo por trás, que pega algumas condições de mercado, determinadas pelo trader ou outra pessoa, e realiza operações baseadas nelas”, contextualiza. O que resta ao investidor, nos dois casos, é decidir a quantia de capital que se aportará em cada estratégia e o intervalo pelo qual ficará nela. Plataformas e corretoras vêm disponibilizando opções em marketplaces, onde os investidores podem procurar algoritmos ou analistas que “negociarão” em seu lugar. Copy e robôs também envolvem tomadas de decisõesConforme Sampaio Filho, dentro das estratégias disponibilizadas, há algumas com mais de sete mil pessoas seguindo, à risca, enquanto outras contam com até mil traders. “O que fazemos é ranquear algumas das mais populares. Mas também é uma questão que não depende só do analista ou do robô. O usuário pode colocar dinheiro em uma estratégia, em um intervalo de tempo, que pode ou não dar certo. Há um fator de escolha”, explica Alexandre. Os analistas, na plataforma, descrevem a forma que operam e o interessado tem de interpretar se aquilo cabe na sua carteira. Quando o especialista faz uma operação em sua mesa, ela é replicada automaticamente na carteira de quem adotou o copy trade, por exemplo. A mesma coisa acontece no robô trade, com quem desenvolveu o algoritmo explicando parte da estratégia que ele segue (apesar de, claramente, não revelar toda a programação por trás das decisões). Quando uma variável adotada na estratégia muda, o robô faz uma operação. Stop loss ou gainAssim, a partir da escolha, o cliente pode, por exemplo, optar por colocar um alarme de stop loss ou stop gain, quando a operação atingir determinada condição ou até mesmo optar pela automação total, com a entrada ou saída das operações. Zé Rico, analista da Rico Corretora e cofundador da Zenith Royale, que disponibiliza suas operações para copy trading, contextualiza ainda que apostar em humanos traz um pouco mais de subjetividade aos negócios — diferentemente de robôs, que tomam decisões com bases totalmente fixas. “Ao deixar o dinheiro no copy, o analista consegue se adaptar às mudanças de mercado. No robô não há essa opção. Toda a mudança que acontecer, você terá de reprogramar o algoritmo. Às vezes algumas estratégias ficam datadas e passam a não apresentar mais lucro”, debate. Saiba mais: Copy e robô trading: Qual melhor?Rodrigo Cohen, analista e embaixador da XP Investimentos, defende que as duas opções são interessantes para quem quer aproveitar a volatilidade da Bolsa, mas não tem tempo ou não se sente seguro em realizar operações de curto prazo. “No copy trade há a vantagem de conhecer o analista, o histórico dele, saber as técnicas que ele usa. Geralmente as pessoas assinam o copy trade de quem elas confiam. A desvantagem é que, por ser um humano, o analista pode não estar num bom dia ou pode estar fora exatamente no momento em que se abre alguma janela para uma operação vantajosa”, conta Cohen. No caso do robô, os “problemas mais humanos” não existem, acrescenta. O algoritmo não irá seguir “sentimentos”, como temer realizar algumas operações, por exemplo. Ele é desenvolvido na tentativa de identificar padrões de mercado e se posiciona para tentar surfar um movimento positivo. “O ser humano segue padrões e o mercado é um reflexo do ser humano. No final das contas, as movimentações refletem emoções. O robô tenta entender isso, de olho nas bases de dados. Há um histórico”, menciona Cohen. Por outro lado, entre as desvantagens, ele diz que os robôs, normalmente, são “caixas pretas”, cujas estratégias ninguém consegue ter acesso totalmente (ou elas acabariam perdendo valor). Fora isso, os robôs às vezes também não conseguem interpretar “anomalias”, como, por exemplo, notícias de uma última hora, que podem mexer e alterar as perspectivas do mercado. Diferenças entre estratégias
Guias de análise técnica:
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o infomoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice. As melhores plataformas para operar na Bolsa. Abra uma conta na XP. |
Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *